domingo, 30 de junho de 2019

Educar para a vida

Image result for imagens sobre educar para a vida

Na postagem de novembro de 2017 intitulada “Educar para a vida” relato a importância em o professor saber como conduzir a educação, pois através dela são formados os saberes para a vida e para o mundo, essa postagem me levou a reflexões sobre as atividades dirigidas durante meu estágio onde com um planejamento de atividades procurei desenvolver nas crianças autonomia, responsabilidades e respeito.
Muitas atividades tiveram o resultado no momento, outras o passar do tempo dirá qual foi o resultado, muitas vezes isso parece pouco para mim como professor, pois ensinar para a vida é diferente que ensinar somar, por exemplo, os dois ensinamentos são necessários, um você pode saber se sua aula atingiu os objetivos fazendo uma prova o outro são as atitudes ao longo da vida que dirão se a semente plantada dará frutos.
Em uma conversa entre professores ouvi “Como gostaria de estar por aqui e ver o futuro no Menino X, pois provavelmente será igual ao pai e os tios, a fruta não cai longe do pé”, me entristeci, pois o pai e tios são pessoas envolvidas com tráfico e assassinatos, e me perguntei, será que não podemos como professores fazer nada para mudar essa história? Será que o tempo que passou com nós, quatro anos oito horas por dia é pouco para mudarmos uma história?

Percebo que muitas pessoas passam a responsabilidade para a sociedade como se não fosse parte desta sociedade, sei que a família possui sua responsabilidade na educação, mas também sei que nós como seres humanos e por estarmos em uma posição que facilita pelo contato com as famílias precisamos fazer nossa parte, e fazer com que a criança se sinta amada e saiba de seu valor é o primeiro passo, assim poderemos semear coisas boas que poderão fazer a diferença no futuro.

sábado, 29 de junho de 2019

Consciência fonológica através da contação de histórias

Image result for imagens sobre a consciência fonológica
Em junho de 2018 na postagem do meu blog intitulada “Consciência fonológica”, registrei  que a capacidade de refletir e compreender  a estrutura sonora das palavras é uma habilidade que se desenvolve gradualmente à medida que a criança adquire conhecimentos e constrói suas aprendizagens, e que existem muitas maneiras de estimular a consciência fonológica, mas, se o processo for lúdico, o resultado será mais satisfatório.
No desenvolver do meu estágio a contação de histórias foi o tema do projeto usado para o desenvolver das atividades, e foi desta maneira que as crianças foram estimuladas a despertar o interesse pela leitura e a consciência fonológica. Através da literatura, é possível promover o conhecimento da criança sobre si e sobre o seu mundo, despertando e incentivando a curiosidade, o encantamento, os questionamentos, as dúvidas, os questionamentos sobre a relação que os mesmos fazem sobre o mundo que os rodeia. Sobre essa afirmação Celso Sisto contribui com a afirmação:
Contar histórias é extremamente importante e benéfico para as criança, desde a mais tenra idade. Há quem afirme a eficácia de embalar os bebês, ainda no ventre, com a melodia da voz da mãe, contando histórias, para familiarizar a criança desde aí, com mecanismos narrativos, e com a proximidade e o afeto que o contar histórias envolve. (SISTO, 2005, p.144) 


A literatura é uma ferramenta que nos possibilita viver o novo, tanto no “mundo da fantasia” quanto no mundo real, pois ilustra acontecimentos que refletem em nossa vida e no dia a dia. Sempre que contamos histórias, as crianças interagem com as mesmas, demonstrando curiosidades em relação ao que pode acontecer, o que cada personagem vai fazer, e assim, eles vão se envolvendo, se entregando e participando daquele momento mágico. Essa questão nos faz refletir e levar em consideração, que é na infância, e através da literatura que se desperta o gosto pela leitura, onde gera-se o interesse pelas histórias possibilitando assim, auxiliar na transformação das crianças e no seu desenvolvimento emocional, físico, cognitivo e social.
Partindo desse pressuposto, é de suma importância que a criança conheça os diferentes sons das palavras, as entonações e expressões reconhecendo diferentes sentimentos como medo, raiva, dúvida, coragem e alegria. O autor Abramovich ressalta que:
Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de conta. (ABRAMOVICH, 1997, p. 37).



Emoção, afetividade e inteligência

Image result for imagens de emoção afetividade e inteligÊncia

Na postagem de junho de 2018 onde registro sobre a teoria de Wallon, relato sobre dar espaço as emoções das crianças, para Wallon a afetividade e a cognição sempre estarão em movimento, oscilando diante das aprendizagens que o sujeito inserir no decorrer de sua vida. Nesse modo de ver, ambas estão interligadas de tal maneira que essa relação interfere e determina o desenvolvimento da inteligência e a formação psíquica de um sujeito na infância. Portanto, é nesse sentido que a obra Walloniana afirma que a emoção se entrelaça com a afetividade e a inteligência e passa a ser desta forma, também, e essencialmente, um fator significativo na convivência do sujeito, se tornando assim um elemento fundamental de compreensão para a formação de educadores. Conforme cita:
“[...] a emoção estabelece, pois, as bases da inteligência; se identifica com o seu desenvolvimento próximo, a afetividade, surge como condições para toda e qualquer intervenção sobre aquela. Nesse sentido, o autor caracteriza a emoção como fator principal para o desenvolvimento da criança, bem como para a formação do indivíduo e sua personalidade em meio a seu meio social. A emoção, segundo Dantas (1992, p. 85) é simultaneamente social e biológica em sua natureza, pois realiza a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é, social.”

Perante essas afirmações novamente sou remetida as reflexões feitas durante meu estágio e durante as pesquisas realizadas no trabalho de conclusão do curso onde mostro as dificuldades que as crianças  que sofrem com descaso da família e da própria escola quando se refere ao aprendizado e ao convívio em grupo. A contação de histórias é uma das maneiras que nós professores podemos usar para ajudar as crianças na solução de seus problemas, partindo desses pressupostos, podemos elencar que as histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de bondade, solidariedade, cooperação, tristeza e de carinho, curiosidade, dor, perda e vitórias, além de ensinarem infinitos assuntos. Ressalta-se que a criança aprende brincando em um mundo de imaginação, sonhos e fantasias. Sendo assim, é através de experiências felizes com as histórias, contos e clássicos infantis que a criança tem a possibilidade de interagir com diversos textos trabalhados, possibilitando o entendimento do mundo em que vivem, bem como  a construção de seu próprio conhecimento.

Conhecendo minha turma


Image result for imagens da literatura na educação infantil
Na postagem “Mapeando minha turma” de novembro de 20017 relato sobre a composição da minha turma na época, hoje refletindo sobre a escrita do meu TCC e das reflexões do meu estágio percebo uma grande diferença na turma de2017 e na atual, principalmente a dificuldade encontrada pela escola em relação a turma devido o comportamento agressivo de algumas crianças.
Esse foi um dos motivos que me levou ao estudo de caso desenvolvido no trabalho de conclusão de curso, onde precisei conhecer mais profundamente o histórico das crianças escolhidas por fazerem parte da turma do maternal II e por suas histórias representarem a de muitas crianças dentro da escola bem como por carregarem em suas vidas marcas da comunidade onde vivem, crianças em situação vulnerável sofrendo com o descaso das famílias, da sociedade e da própria escola.

O resultado me mostrou a necessidade e as vantagens que temos em conhecer nossas crianças, sua história e cultura para que possamos assim desenvolver um trabalho pedagógico conforme suas necessidades e seus conhecimentos. Durante meu estágio usei a contação de histórias para me aproximar das crianças e de suas histórias promovendo e despertando o aprendizado, Sendo assim, os momentos de contação de histórias, oportunizam as crianças um melhor desenvolvimento, como meio de socializar, auxiliando na inserção delas no mundo. É através de uma história que se pode viajar, descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser. Em sua fala, Abramovich,relata que quanto mais cedo à criança tiver convívio com a literatura, com as atividades de contação de histórias, mais cedo despertará não só o prazer pela leitura como também para adquirir uma postura crítico-reflexiva que reflete no seu desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social (ABRAMOVICH 2008, p.17). Através das histórias, a criança é capaz de estabelecer a sua identidade, compreender as relações familiares e sociais e assumir diferentes papéis, tornando-se assim os protagonistas de sua própria história

Educação, racismo e contação de histórias


Image result for imagem de menino se olhando em uma caixa de espelhos
    Em novembro de 2017 com a postagem intitulada “Educação e racismo” registro sobre a discriminação de pessoas por diferentes situações sejam elas de raça, situação financeira ou cultural.
   Para desenvolver o trabalho de conclusão de curso utilizei como método de pesquisa, o estudo de caso, o qual é norteado pela seguinte questão: “Qual o papel da literatura e da contação de histórias na construção da autoimagem e autoestima nas crianças da educação infantil”?  Esse tema veio ao encontro da postagem realizada anteriormente onde encontra registrado A realidade da discriminação racial no país faz com que muitas pessoas sejam submetidas, todos os dias, ao ódio e à intolerância, e as crianças estão incluídas nessa discriminação, sabendo que o desenvolvimento da autoestima se dá nos primeiros anos de vida da criança, por meio do modo com que a criança é tratada pela família e também nas relações sociais. Entre os efeitos da discriminação está o sentimento de desvalorização, a rejeição da própria imagem, a inibição e a dificuldade de confiar em si mesma”.

   Os estudos realizados durante o trabalho mostraram o quanto a descriminação atingiu a vida de duas crianças e seu aprendizado, também me levou a reflexões sobre a necessidade de sabermos ouvir nossas crianças em suas palavras, sentimentos, brincadeiras, comportamentos e principalmente em seus silêncios. A literatura nos mostrou uma  forma de conhecer e de ajudar nossas crianças em seus dilemas internos de forma lúdica sem discriminação, afim de intermediar de maneira agradável o ensino aprendizagem.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Inclusão


 Image result for imagens inclusão escolar
Na publicação de novembro de 2017 intitulada “Inclusão” relato sobre as dificuldades encontradas pelos profissionais da educação quando se deparam com crianças especiais em sala de aula, na época eu não possuía nenhuma criança em minha sala e nem mesmo na minha escola, hoje possuo quatro criança com diagnóstico de autismo e uma  com síndrome de dawn, um desafio sentido na pele.
 A inclusão vem fazendo a educação fluir novamente espalhando um novo olhar e uma nova formação para todos que dela participam implicando em mudanças e por uma nova interpretação. As diferenças culturais, raciais , religiosas, enfim toda a diversidade humana tem sido tratada  de maneira mais natural e isso faz com que aprendamos mais do mundo e de nós mesmos.
             Essas mudanças são um desafio, é um tempo de adaptação para as crianças e para nós professores, pois a cobrança por fazer da melhor maneira é algo que move o corpo docente e interfere diretamente na vida das crianças. Nestes casos o apoio da família e da escola é de suma importância para o professor, pois desta maneira é possível um trabalho pedagógico de valia para todas as crianças indiferentes da situação e das dificuldades de aprendizado.

            Ser desafiado a mudanças nos traz aprendizados únicos, pois crianças são únicas e a elas meu respeito e gratidão por me ensinarem sobre o mundo e sobre a vida.

A educação e as mudanças II


Image result for frases sobre a vida do professor e aluno

Em outubro de 2017 descrevi no blog sobre as mudanças de comportamento e na cultura assim como na educação, mudanças essa necessárias, porém não suficientes.

Conforme o texto “Um olhar sobre a educação moderna no século XXI” o desencontro entre a realidade vivida dentro das escolas e a sociedade que se mantém em transformações diárias interfere nessa relação, a escola deveria ser um espaço de cruzamento de culturas, onde novas práticas culturais fossem criadas e compartilhadas, dando a cada indivíduo respeito e significado. Os alunos estão passando por uma transformação influenciados pela mídia e pela tecnologia, uma mudança drástica perante as outras gerações, para isso é necessário a mudança na educação e na forma de ensinar, pois mudou a forma que os alunos vêem o ambiente educacional no qual ele está inserido.
Refletindo sobre os acontecimentos em minha escola, e acontecimentos que a mídia mostra os quais já estamos nos acostumando a ver como algo normal, que é a falta de limites dos alunos e o desrespeito com a vida e com a integridade dos professores me pergunto, até quando teremos professores dispostos a continuar a luta por uma educação onde o respeito aos alunos seja prioridade se as famílias deixaram de ter a educação de seus filhos uma prioridade? Sou tomada muitas vezes por uma grande tristeza quando na educação infantil, minha área de atuação, possuímos crianças de três anos que enfrentam os professores com agressões físicas e verbais por não aceitarem terem seus desejos frustrados, por não saberem que o colega também tem direito, que a vida é formada por direitos e deveres...
Acredito que seja necessário continuar mudando, professores precisam continuar se aperfeiçoando para que seja possível acompanhar esta nova geração, o mundo é outro, os tempos são outros, as famílias são outras, porém sem respeito é impossível trabalhar, é impossível viver de forma digna professores e alunos, muito tem se falado em mudanças pensando no aprendizado das crianças e afirmo mudanças necessárias, mas é o momento de começarmos a pensar em mudanças que tragam segurança aos professores.


       


Professor reflexivo

Image result for frases sobre professor reflexivo


      Em 13 de julho de 2017 registrei no blog sobre professor reflexivo, relendo a postagem e refletindo sobre minhas mudanças perante minha atuação docente, percebo que muito mudei na maneira de ser professor, mas principalmente na maneira de ver meus alunos.

     Assim encontra-se registrado “ Professor reflexivo  é pensar naquilo que se faz e naquilo que se pratica as vezes exigindo mudança de postura, analisando a nossa forma de atuar.As aulas da PEAD tem me ajudado muito nessa mudança de comportamento pessoal e profissional, onde tenho procurado um equilíbrio entre a reflexão e a rotina, entre as atitudes e o pensamento, pois a educação não é a execução de receitas, mas é uma interação entre a pessoa do professor e a pessoa do aluno, entre a instituição escola e a sociedade.” Agora após mais uns semestres de aula a necessidade de refletir sobre as minhas ações tem sido mais intensas, o estágio e o TCC tem me levado a um aprendizado mais profundo, onde posso afirmar que conhecer as crianças e suas histórias é  a melhor maneira de ajudá-las no seu desenvolvimento e na busca por novos aprendizados. 
     
"Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida e é cuidado (RCNEI- Vol. 1, p. 75, MEC/SEF, 1988)."

domingo, 9 de junho de 2019

Democracia e autonomia nas pequenas atitudes




A postagem de junho de 2018 sobre escolas democráticas me remeteu a mudanças simples realizadas em sala com uma turma de educação infantil, pois a democracia também pode e deve ser exercida desde criança.
            A sala sempre teve a escolha do ajudante do dia, algo comum nas escolas onde uma criança e escolhida conforme combinados pré estabelecidos para ser quem irá auxiliar a professora neste dia, e na minha turma não era diferente, uma medalha ou coroa era confeccionada e a criança usava para identificação, Após a contação de uma história as crianças receberam um tesouro e nele havia muitas fantasias e acessórios, esse tesouro passou a ser o diferencial na escolha do ajudante do dia, pois cada um no seu dia, definido em um sorteio pela turma, escolhia o que desejava usar para sua identificação, permitindo assim criar autonomia de maneira democrática, e principalmente de maneira que enchia os ajudantes de orgulho e alegria.

            Mudanças simples em nossa sala de aula podem mudar o dia de uma criança e futuramente essa criança mudar o mundo.

As marcas pedagógicas II

                      

Resultado de imagem para imagem de menino se olhando em uma caixa de espelhos


A minha postagem no blog em julho de 2018 intitulado “As marcas pedagógicas” me levaram ao encontro das reflexões realizadas durante as atividades com meus alunos, mas em especial me fizeram refletir durante a escrita do meu trabalho de conclusão de curso onde o caso de estudo se refere a crianças que sofrem com os descasos e negligências dos pais, escola e sociedade

As escolas são compostas por inúmeras crianças com dificuldade de aprendizado e de comportamento, atitudes essas provenientes da vida que possuem fora da escola e que precisam ser conhecidas pelo professor para que possamos auxiliar de maneira eficaz nossas crianças.

         No estudo de caso que relato no meu TCC relato uma das atividades realizadas durante meu estágio chamada de “Caixa de espelhos” o sentimento encontrado em uma criança de três anos, sentimento de revolta, desprezo e tristeza os quais faziam desta criança o “aluno problema” para a mãe e para a escola, após esse conhecimento passei a ver suas atitudes como uma maneira de pedir socorro para sua realidade e foi através de atividades pedagógicas e da contação de histórias com um olhar especial para os sentimentos e moções das crianças que obtive o resultado esperado com a turma, o comportamento mudou e os aprendizados fluíram de maneira mais significativa.


https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjijo6Zl93iAhWlJLkGHeASBTEQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fanjinhosdatiacidamarques.blogspot.com%2F2012%2F03%2Fdinamica-do-espelho.html&psig=AOvVaw0CerqC3oxaxccRzMe4sNp1&ust=1560196369260189

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Pensando em nossas crianças e no aprendizado

Em uma breve reflexão de novembro de 2015 relatei:

    “ Aprendi e entendi, que a nossa vida é marcada por constantes aprendizagens, e quando falamos sobre "aprendizagem e desenvolvimento" não podemos esquecer que o ato de ensinar envolve uma compreensão bem mais abrangente do que o espaço restrito do professor em sala de aula ou as atividades desenvolvidas pelos alunos. Acredito também que todo trabalho deva ser planejado com competência e amor, onde a aprendizagem só vai ser eficaz se dependermos de alguns fatores que considero bem importantes: O talento do professor, as oportunidades oferecidas aos alunos e o respeito a cada aprendiz como ser único, especial e capaz.Conclui assim que não preciso ser a melhor no que faço, mas dar o meu melhor em tudo que vou fazer e amar, amar muito meu trabalho.”
      Durante o estágio assim como em vários outros momentos procuro sair da sala de aula para realizar as atividades, entendendo a necessidade e o valor que pequenas mudanças fazem na vida do aprendiz, um simples passeio até a Agropecuária do bairro ou ao cinema foi um momento único, sabendo que de toda a turma uma única criança conhecia o cinema, essa foi uma das motivações ao planejar a atividade, a escola possui uma certa resistência em atividades fora do âmbito escolar por receio de algum perigo que possa existir e por ser mais cômodo para os professores, pois ficar na escola da menos transtorno, mas nossa ida ao cinema além de ser mais tranquila que qualquer atividade realizada na escola também foi repleta de descobertas, coisas simples para nós mas para as crianças algo valioso como andar de elevador panorâmico e assistir um filme com som e tela enorme transformaram o passeio em um momento cheio de magia e aprendizado.
     Sendo assim percebo que trazer algo novo bem como mostrar as crianças situações do seu cotidiano auxiliam no aprendizado e despertam interesse e motivação, também em outras atividades da semana trabalhamos as diferenças, e essa atividade me mostra de maneira clara o quanto é importante o professor conhecer os seus alunos e respeitar suas diferenças, pois elas também influenciam o processo do aprendizado. Por isso a importância de motivar e despertar o interesse dos alunos nas diferentes áreas onde o processo é individual formado por um estilo próprio, por costumes, tradições e, na minha escola em particular, porém não única, diferenças sociais e econômicas são os grandes responsáveis pelas diferenças existentes.
     Uma nova visão de trabalho na educação infantil se faz necessária, onde o lúdico e as histórias infantis sejam usadas de maneira a possibilitar a todos o mesmo direito de aprender, observar, analisar e auxiliar é dever do professor, atitudes simples podem mudar a história das crianças e da educação como um todo.


Literatura infantil


Essa postagem do meu blog de julho de 2016 registrou a importância da literatura infantil, algo que moveu minhas aulas durante o estágio e que continuará fazendo parte do mundo encantado das crianças, onde registrei:

“Poderíamos resumir a importância da literatura infantil no fato de que estudos já comprovaram o quanto ela contribui para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.  
    Acredito ser de estrema importância que nós professores introduzamos na prática pedagógica a literatura infantil, e que a mesma disponha de informação que venha a contribuir para o desenvolvimento da criança, estimulando o aluno a buscar diferentes caminhos para as resoluções de problemas.
     Se levarmos em conta que a escola tem como um de seus papéis fundamentais a formação da personalidade da criança, a literatura é de extrema importância para auxiliar nessa construção, pois nela a criança ocupa o espaço privilegiado de acesso a leitura
     É através da literatura que a criança desperta uma nova relação com diferentes sentimentos e visões de mundo. Dialogando sobre esse assunto Bettelheim (1980) afirma que a criança desenvolve por meio da literatura, o potencial crítico e reflexivo. Afirma que a partir do contato com um texto literário de qualidade, a criança é capaz de refletir, indagar, questionar, escutar outras opiniões, articular e reformular seu pensamento.
     Na educação infantil, que é minha área de atuação percebo que para as crianças, a literatura é tudo na sua vida, pois é através dela que demonstram a sua realidade em forma de fantasia, através dos desenhos, das brincadeiras, das histórias, das músicas.
Foram muitas as histórias contadas e muitas reflexões feitas onde o aprendizado é algo que fui construindo junto com meus alunos, onde planejamentos foram mudados e adaptados para melhor aproveitamento como essa observação realizada durante o meu estágio que se referiu ao comportamento das crianças perante a recontagem da história do quero-quero, visto que a primeira contagem foi feita com todas as turmas juntas onde usei fantoches para a contagem, mas estavam agitados e não foi possível prender a atenção , na segunda recontei usando apenas as imagens do pássaro e fazendo referências a vida e atitudes das crianças em relação aos colegas, família e professores, trazer a história para a realidade deles facilitou o entendimento.
Segundo momento que foi encantador envolvendo a literatura infantil foi a contação da história da “Cinderela”, onde por sugestão da profe Gládis, esse momento foi usado para montagem do mural do ajudante do dia, onde os acessórios que serão usados para identificar os ajudantes serão escolhidos pelas próprias crianças, a contação foi realizada por mim vestida de fada, essas vestes também encantaram os pequenos, conforme Abramovich “Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de conta. (ABRAMOVICH, 1997, p. 37).”
            As contribuições da contação de histórias para o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil são visíveis e de grande valia, pois representam indicadores efetivos para situações desafiadoras para nós professores e também para as crianças, assim como fortalecem vínculos sociais, educativos e afetivos, Rodrigues afirma:
 “A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).”
Fazer uso dessa ferramenta para o desenvolvimento das crianças é um dos objetivos do projeto, despertando pequenos leitores e estimulando para o mundo da imaginação, a criatividade, a oralidade e contribui para a formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Este momento também trouxe para mim e minha turma um clima de cumplicidade, transformando a contação em um importante recurso na formação de futuros leitores.

Referências:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 2005.


aprendizagem não é só para aluno


A postagem a segui é de outubro de 2016:

 “O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, ... “Um tempo para se pensar juntos, para decidir, coletivamente, o que fazer, como fazer, porque fazer [...] Um tempo [...], que podia ‘ser tempo de criação’ e não o que se vivia nos últimos anos [...] tempo de repetição” (SAMPAIO, 2002, p.190).”
     “O que precisamos como professores é pensar nas atividade como continuidade e não como uma repetição, as atividades precisam ser vistas como um momento de construção de saberes, tanto por nós professores como pelos alunos. Para que o tempo em sala de aula seja melhor aproveitado, além do planejamento é de suma importância a troca de experiências e conhecimentos entre os professores,  entre professores e alunos, entre família e escola com processos pedagógicos de mais qualidade.
    Percebo na educação infantil, e acredito que seja assim em todas as áreas da educação,a importância da relação entre professor e aluno no processo de aprendizagem, sendo essa uma relação de amizade, de troca de solidariedade e de saberes, pois a escola hoje é um espaço onde se constroem relações humanas, e esta é a mola para despertar o desejo de aprender, a vontade de estar no âmbito escolar e fazer parte dele.” 
Essa postagem veio ao encontro da reflexão feita por mim na última semana de estágio onde relatei:  
    “ Esta última semana me trouxe reflexões além das atividades propostas com as crianças, me fez refletir nas obrigações que os professores possuem com a parte burocrática da educação, como avaliações e projetos e o quanto isso necessita ser feito de maneira excelente por ser essa a forma em que vamos conduzir o ensino e o aprendizado das nossas criança, não se pode fazer simplesmente para agradar a coordenadora pedagógica e preciso que se faça pensando nas crianças e no que elas esperam de nós.
     Quando planejamos estamos investigando, questionando, fazendo mudanças e tirando dúvidas para alcançar os objetivos esperados, mas muito importante é haver flexibilidade no que planejamos, pois sempre somos surpreendidos com algum fato ou um tema que surge no momento e isso pode enriquecer nossas aulas de acordo com as necessidades ou interesses dos alunos.
     Crianças dificilmente conseguem se concentrar por muito tempo em uma mesma atividade por isso a necessidade de variações e estímulos para que o aprendizado ocorra de maneira mais eficaz, porém a afetividade, amor e atenção são de extremo valor, pois como a idade é pouca e passam muito tempo no âmbito escolar sentem necessidade de aconchego da parte dos professores, e esse cuidado especial é sinal de respeito aos seus diferentes sentimentos, conforme cita Ostetto em uma partilha sobre experiências de estágio:
Não adianta um “planejamento bem planejado”, se o educador não constrói uma relação de respeito e afetividade com as crianças; se ele toma as atividades previstas como momentos didáticos, formais, burocráticos; se ele apenas age e atua, mas não interage/partilha da aventura que é a construção do conhecimento para o ser humano(OSTETTO,1994,p.190).
     Nesta última semana observando os alunos enquanto brincavam comecei a ver o quanto suas marcas são pessoais em minha vida, cada um em sua singularidade muito me ensinou, alguns por falar muito e por sua espontaneidade, outros em seu silêncio e seu olhar de surpresa, desconfiança e por muitas vezes carregado de alegria e gratidão e espero que eles também tenham me visto dessa maneira, pois carrego um espírito de criança que me identifica com a Educação infantil, que me fez por muitas vezes brincar intensamente e me divertir de maneira única, nas histórias infantis imaginei junto com eles e fiz viagens onde a fantasia e os sonhos nos fizeram passear por diferentes mundos onde tudo é possível, onde tudo é real, onde a felicidade existe”
         Acredito porém que para fazer a diferença na educação é necessário sair do comodismo e amar o que faz e a quem faz.
.
Fonte:
OSTETTO, Esmeralda Luciana. Encontro e encantamentos na Educação infantil:Partilhando experiências de estagio. Campinas, Papirus.1994

Sexualidade e seus preconceitos




Registrei em uma postagem de 2015:
    “Achei muito importante a colocação da professora Tânia no fórum  sobre conceitos de sexualidade. onde ela diz ".Nunca se tem certeza absoluta sobre o resultado da educação que oferecemos, pois não se tem controle sobre a interpretação de cada um para o que é ensinado".
     Este é um dos motivos que temos que tomar muito cuidado com as palavras que usamos com nossas crianças e também com nossas atitudes, na maioria das vezes é mais fácil eles gravarem uma atitude do que as palavras, precisamos ter cuidado para não gerar traumas, medos ou distúrbios, principalmente quando se trata de um tema ainda cheio de tabus como a sexualidade, pela dificuldade dos pais em falar sobre o assunto as professoras passam a ser as responsáveis por entender cada fase e ajudar as crianças nesse processo de inúmeras transformações
.”
Durante meu estágio refleti sobre a sexualidade, mas também sobre preconceitos, durante uma atividade onde usei o dado das emoções e quando a ordem era “dar um beijo” e esta foi negada entre os meninos por dizer que “Homem não beija homem”, uma reação machista impregnada em suas mentes por uma sociedade preconceituosa.
     As crianças são puras e estão aprendendo a viver e a conviver e cabe aos pais e a nós professores direcionar esse caminho, uma missão  nada fácil, pois precisamos mudar os adultos que cresceram nesse ambiente para depois alcançar as crianças. Essa deve ser uma reflexão de todos envolvidos na formação das crianças, mudando valores de uma sociedade para uma educação que diminuirá entre tantas atitudes a violência.
     Esse é um trabalho que exige muita persistência, pois o preconceito e o machismo ainda esta presente de forma muito expressiva nas formações familiares assim como nas músicas e filmes causando um grande impacto nas suas vivências, como professores precisamos os pais mais presentes na educação dos filhos com um modelo de relação familiar mais saudável.
     Percebo em fim que o preconceito indiferente da forma pode ser mudado quando usamos o amor e o afeto com as crianças não fazendo diferença entre elas, mostrando com atitudes simples que somos todos iguais e que necessitamos uns dos outros.


http://pead2estagio270396serleialbrecht.pbworks.com/w/page/128960403/Reflex%C3%A3o%20semanal