domingo, 3 de dezembro de 2017

Desenvolvimento cognitivo






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   Estudar e conhecer os estádios do desenvolvimento me faz refletir sobre as atitudes e reações das crianças, pois na educação infantil esses estágios são bem marcantes, Piaget explica que a idade que surge cada estágio é própria de cada indivíduo o que ele conseguiu através das pesquisas foi uma média de idade para classificar, sendo que o que se mantém constante é a ordem em que eles acontecem e a idade que ocorrem dependem das experiências anteriores de cada indivíduo e não somente da sua maturação, ainda segundo Piaget são quatro fatores que contribuem para o desenvolvimento cognitivo: 1) Experiência física e lógico-matemática; 2) Transmissão social; 3) Maturação biológica e 4) O equilíbrio entre os 3 fatores anteriores. Assim, o que se torna significativo para o sujeito é sempre uma síntese possibilitada por estes fatores.

Essa teoria se comprova observando meus alunos, pois estão na mesma faixa etária, mas é notável os que são estimulados a conhecer e lhes é permitido descobrir pois o desenvolvimento está em estágios diferente de crianças pouco estimuladas ou sem experiências anteriores. Conhecer os estágios e poder identificá-los em meus alunos me auxilia no planejamento das brincadeiras e das atividades para poder atingir todos apoiando, respeitando e intermediando novos conhecimentos e novos aprendizados

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sábado, 2 de dezembro de 2017

Desenvolvimento e aprendizado segundo Piaget


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Segundo Piaget na perspectiva do construtivismo, o conhecimento se dá através da ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste nas trocas e estímulos com os objetos, esse desenvolvimento possui dois mecanismos opostos, mas complementares, a assimilação e a acomodação entre o indivíduo e os objetos do mundo, por exemplo, a criança aprende a língua e assimila tudo o que ouve, transformando  isso em conhecimento seu, na acomodação a criança que ouve e começa a balbuciar em resposta à conversa ao seu redor gradualmente acomoda os sons que emite àqueles que ouvem, passando a falar de forma compreensível.
Conforme Jean Piaget a psicologia do desenvolvimento é a compreensão das transformações psicológicas que ocorrem ao longo da vida, explicando assim as mudanças e as diferentes fases, caracterizando o comportamento conforme a faixa etária, essas mudanças estão relacionadas à formação da identidade de um indivíduo, o seu entendimento, habilidades físicas e intelectuais, percepção de conceitos, desenvolvimento dos aspectos emocionais e sociais, entre outros. Lembra Piaget que não é possível pular as etapas do desenvolvimento e que o desenvolvimento se dá pela superação de etapas anteriores, sendo que certos estágios podem não ser totalmente alcançados, isso depende das informações encontradas pelo sujeito no meio onde ele vive e através do seu ponto de vista há essa  construção. Explica Piaget a diferença entre desenvolvimento e aprendizagem, para ele o desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, diz respeito ao desenvolvimento do corpo, do sistema nervoso e das funções mentais, nas crianças inicia quando nascem e só termina quando atingem a idade adulta, dependendo do  psicológico e biológico de cada indivíduo, por isso a diferença no desenvolvimento entre os indivíduos, pois cada um possui um desenvolvimento individual e é esse cuidado que devemos ter  com nossos alunos respeitando cada um com suas individualidades. A aprendizagem apresenta o caso oposto ao que é espontâneo. Em geral, a aprendizagem é provocada por situações – provocada por um experimentador psicológico; ou por um professor, com referência a algum ponto didático; ou por uma situação externa, ou seja, um processo limitado a um problema ou uma estrutura simples.
Referência:
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1274964
https://moodle.ufrgs.br/mod/url/view.php?id=1274967

Inclusão sem laudo

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Desde 2007 com a convenção dos direitos das Pessoas com Deficiência o conceito de deficiência passou por importantes mudanças, não se trata mais de uma falha ou defeito no corpo, mas sim o resultado da interação do sujeito com as barreiras encontradas, que pode ser desde a falta de uma rampa a atitudes de uma pessoa, de um grupo ou da sociedade como um todo. A convenção também garante o direito à escolarização em todos os níveis e a Nota Técnica do MEC declara que a exigência de um laudo médico restringe o acesso a esse direito que é universal, por isso o laudo passou a ser somente Documento Acessório.

O percurso de uma pessoa com deficiência em uma escola deverá ser pensada a partir de um conjunto de atividades e recursos denominado AEE (atendimento educacional especializado), onde o eixo é pedagógico e não clínico, onde a articulação entre professor e profissionais da saúde se faz necessária para se compartilhar saberes, dilemas e responsabilidades. A presença de um laudo traz mais informações sobre como o aluno vai se portar em sala de aula e como ocorre seu aprendizado, mas isso não é nem pode ser um currículo, o principal como professores é  prestar atenção individualmente, e isso não é regra só para alunos com deficiência é regra quando se pretende ser um bom professor pois cada um aprende em um ritmo e de um jeito diferente, para que se possa planejar formas de ensino adequadas as necessidades de cada individuo auxiliando e intermediando o aprendizado.

Crocodilos e aveztruzes

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Muitas das nossas atitudes ou as que  deparamos diariamente, são critérios que carregamos pela cultura passada de geração a geração, onde o mundo é portador das mais variadas situações nas relações humanas marcadas pelas diferenças, as  expressões  muitas vezes usadas por costume, sem percebermos o verdadeiro significado e o quanto mal podemos fazer através de palavras, como por exemplo:”cegueta”, “surdinho”, “quatro olhos”..., esses são na verdade sinais de preconceito que pode impedir o “ser diferente” de viver plenamente. Conforme cita Lígia Assumpção Amaral  “...estaríamos muito perto da resposta: a presença de preconceitos e a decorrente discriminação vivida, ainda com mais intensidade, pelos significativamente diferentes, impedindo-os, muitas vezes, de vivenciar não só seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar plenamente sua própria infância.” (sobre crocodilos e avestruzes,p12). Estamos acostumados a ver o ser humano, e como professores precisamos ter o cuidado para não usar dessa classificação com nossos alunos, o “tipo ideal”, com características pré estabelecidas, qualquer mudança nesse padrão passa a ser “anormal” e sobre ela cai o preconceito e os mitos sobre as diferenças. Nesse preconceito se misturam emoções, admiração, medo, raiva, repulsa... sentimentos esses que geram comentários ou julgamentos grosseiros como: “é paralítico mas é inteligente”, “é negro mas é trabalhador” “é cego mas têm uma audição privilegiada”, precisamos reconhecer isso como preconceito e refletir sobre o que é normalidade e anormalidade.
As metáforas usadas pela autora dos crocodilos e avestruzes nos remetem a complexidade da atualidade, onde as relações humanas estão em crise e faltam respostas para a diversidade e as diferenças. Ainda vislumbramos ou mesmo tateamos estratégias e modos de conduta ética para lidar com esta realidade e percebemos que esta preocupação tem sido crescente na formação de pessoas voltadas às relações humanas, como é o caso de nós professores. Cabe a nós entendermos as particularidades de cada caso, nem todo aluno com deficiência encontrará o mesmo grau de dificuldades ou terá os mesmos recursos para enfrentá-los. A esse respeito pode-se mencionar o conceito de acessibilidade, que significa tornar acessível.
 Este conceito circula com freqüência entre os deficientes físicos e motores, principalmente no que se refere ao uso de cadeiras de rodas. Fica evidente, que tanto a deficiência física quanto a motora colocam em pauta novas dimensões da existência. Na deficiência física adquirida é requisitada do indivíduo uma adaptação a sua nova condição; e na deficiência motora inata, é requerida, principalmente, uma adaptação do meio social, especialmente da família, às demandas de cuidados deste indivíduo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as doenças ou distúrbios e suas implicações na vida dos pacientes em: Deficiência, incapacidade e desvantagem. Assim ficaram formados os conceitos para; Deficiência, a perda ou anormalidade física, psicológica ou anatômica; Incapacidade é a restrição que alguém possui para realizar uma atividade considerada normal para o ser humano; A Desvantagem por sua vez é o prejuízo que um indivíduo tem limitando ou impedindo de realizar atividade ou desempenhar uma função de acordo a idade, sexo, fatores sociais e culturais.
Analisando os conceitos e observando minha escola posso afirmar que não possuímos nenhuma criança que se encaixa no conceito “Deficiência”, já no conceito “incapacidade” acredito que se encaixa como exemplo uma menina que começou na creche com seis meses e teve um retardo no seu desenvolvimento motor, isso fez com que ela ficasse até os dois anos no berçário, pois não sabia engatinhar  e conseqüentemente caminhar, pela falta de alguém que pudesse acompanha - lá caso fosse avançada de turma permaneceu junto com os bebês onde haviam mais profissionais para atender essa faixa etária, com ajuda dos profissionais da saúde e a APAE aos dois anos ela conseguiu restabelecer todos os movimentos e hoje com três anos acompanha seus colegas no maternal II sem nenhuma dificuldade. No conceito desvantagem não posso usar como exemplo nenhuma criança em especial, mas sabemos que existe uma diferença no desenvolvimento de cada uma, por isso em alguma atividade nem todos conseguem realizar, pois ainda estão desenvolvendo noções básicas de tempo e espaço.
Posso afirmar após as leituras e filmes disponibilizados nas aulas  do PEAD que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, passa principalmente pelo cuidado com a linguagem, pois é através dela que ás vezes até involuntariamente expressamos o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com diferentes deficiências.

Referência:
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando das diferenças físicas, preconceitos e superação. In: AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998, p. 11-30.