quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A sombra desta mangueira


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Segundo Paulo Freire no texto dialogicidade do livro "A sobra desta mangueira", a dialogicidade não pode ser entendida como instrumento usado pelo educador em coerência com sua opção política. A dialogicidade é uma exigência da natureza humana e também um reclamo da opção democrática do educador. Não há comunicação sem diálogo e a comunicação é fator fundamental na vida e no ambiente escolar. O diálogo enquanto princípio metodológico não é uma mera conversa, mas na verdade é peça chave para o entendimento de certas questões.
A experiência dialógica é fundamental para a construção da curiosidade epistemológica. Ambas são construtivas onde a postura crítica que o dialogo implica e a sua preocupação em aprender é a razão do ser do objeto que medeia os sujeitos dialógicos.
Paulo Freire preocupa-se com o fato da crescente distância entre a prática educativa  e o exercício da curiosidade epistemológica, pois teme que a curiosidade alcançada por uma pratica educativa reduzida à pura técnica seja uma curiosidade castrada, a qual não ultrapassa uma posição cientifica diante do mundo, pois segundo ele treinar pessoas para que se adaptem a sua realidade sem protestar é mais fácil, pois protestos agitam, tecem verdades, desassossegam e se movem contra a ordem, contra o silêncio necessário que a produz.
A sombra desta mangueira ressalta ainda que a finitude que somos conscientes e que nos faz seres inseridos na busca de ser mais é ao mesmo tempo vocação e risco de perder o endereço, ou seja a nossa identidade. 

Sendo assim cabe a nós enquanto educadores a responsabilidade na luta ética por uma sociedade mais dialógica, sem medo das consequências, uma luta diária baseada na liberdade, na aceitação do outro e de suas opiniões, nas conquistas, ou seja precisamos aprender a ser e aprender a conviver com respeito e dignidade. 

Educação e racismo

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   O racismo causa efeitos na vida de qualquer ser humano, mas nas crianças esses efeitos são mais marcantes por estarem em processo de formação da própria identidade, estudos revelam que desde muito pequena a criança reconhece as diferenças e por isso a responsabilidade dos adultos para evitar qualquer atitude preconceituosa e a nossa responsabilidade como professores de orientar e educar para o respeito as diferenças, cuidados com o tipo de brinquedos e brincadeiras, com os costumes e na maneira de falar ou no uso de gírias, pois as diferenças devem ser usadas e exploradas para enriquecer nosso conhecimento.
   A realidade da discriminação racial no país faz com que muitas pessoas sejam submetidas, todos os dias, ao ódio e à intolerância, e as crianças estão incluídas nessa discriminação, sabendo que o desenvolvimento da autoestima se dá nos primeiros anos de vida da criança, por meio do modo com que a criança é tratada pela família e também nas relações sociais. Entre os efeitos da discriminação está o sentimento de desvalorização, a rejeição da própria imagem, a inibição e a dificuldade de confiar em si mesma
   O investimento em Educação seria um dos meios mais eficazes para garantir uma mudança real na sociedade com atitudes e posturas como:
*Valorizar e incentivar os alunos a um comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
*Ajudar a escola adotar a postura de ensinar sobre a história e a cultura da população negra e sobre como enfrentar o racismo.
*Proporcionar e estimular a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

*Não deixar de denunciar. A discriminação é uma violação de direitos

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."

domingo, 26 de novembro de 2017

Mapeando minha turma


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    Fazer o mapeamento da turma que atuo com certeza foi ir ao encontro da história da escola e sua cultura, ressaltando que a cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Por isso as informações que procurei obter sobre as crianças falam sim de cada um em particular, dados que os diferenciam em sala de aula, mas que também desmitificam uma história de preconceito que envolve a escola como um todo, um processo histórico responsável pelas diferenças entre as escolas de educação infantil, tão marcante é essas diferenças que o projeto da escola neste ano de 2017 foi “DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: BUSCANDO UM NOVO OLHAR SOBRE AS DIFERENÇAS”, onde encontramos neste projeto uma observação que diz “Como nossa Escola está sendo vista como uma “Escola velha” , gostaríamos de mudar esta visão e de torná-la uma Escola popular, agradável, que os pais sentissem prazer em deixar seus filhos. Para tanto faremos atividades para darmos um “up” na Escola e a tornarmos mais conhecida e popular.”
     O bairro onde a escola se localiza foi criado para tirar os focos de pobreza da cidade e concentrar todos no mesmo lugar gerando mão de obra barata para a indústria, para favorecer as mães que trabalhavam foi criada a creche do bairro, por isso ficou conhecida como a creche velha (por ser uma das primeiras construídas ) e por ser a creche dos pobres e negros. Hoje o município trabalha com as vagas nas escolas de educação infantil com fila única e não por zoneamento como funciona nas escolas de ensino fundamental, mas esse preconceito até hoje vem sendo motivo de pais não aceitarem que seus filhos frequentam a escola do bairro, o mapeamento da turma mostra a diversidade que compõe a escola.
    Alguns dados que me chamaram bastante atenção e que gostaria de enfatizar é a igualdade na porcentagem quanto ao número de crianças residentes no bairro onde a escola se localiza e crianças de outros bairros da cidade, mostrando a mudança no projeto inicial da escola, outro dado que pode ser um dos desmistificadores do preconceito que esta é uma escola de pobres e negros é o número baixo de famílias que recebem a bolsa família e o número de 1% de crianças de pele mulata ou negra e 9% são de pele branca. Conhecer dados das crianças nos aproxima mais de cada uma e da escola como um todo, informações que podem com certeza serem usadas em projetos desenvolvidos com a turma ,mas também com toda comunidade escolar.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Projeto Buscando um novo olhar sobre as diferenças



Este é o projeto da escola onde atuo desenvolvido no ano de 2017

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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL UM PEDACINHO DE CÉU

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: BUSCANDO UM NOVO OLHAR SOBRE AS DIFERENÇAS

RESUMO
Analisando o cenário atual da Educação Infantil brasileira, nota-se que o trabalho relacionado às diversidades se torna primordial para a qualidade do ensino. As crianças possuem diferenças de temperamento, atitudes, credo religioso, gênero, etnia, características físicas, habilidades e de conhecimentos, por isso, deve-se criar situações de aprendizagem em que a questão da diversidade seja abordada nessas instituições. Dessa forma, é importante  desenvolver projetos com o objetivo de discutir as questões relacionadas às diferenças visando a resolução de conflitos vivenciados em sala de aula. A EMEI Um Pedacinho de Céu conta atualmente com 56 crianças, 04 professoras, 03 operárias, 02 CIEES e 13 Atendentes de Creche. Para o desenvolvimento deste projeto serão desenvolvidas atividades como: Rodas de conversas, Histórias, Poesia, Desenhos, Músicas, Sessão de Fotos, Sessão Historiadas, Espelho Mágico...
INTRODUÇÃO
Nota-se que as diversidades existem e que é necessário abordar este tema em todas as instâncias iniciando-se na Educação Infantil. Ao perceber que as crianças possuem diversidades de temperamento, atitudes, credos, características físicas...deve-se criar situações de aprendizagem  em que a questão da diversidade seja abordada nessas instituições (BRASIL, 1998). Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil para que seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na instituição (BRASIL, 1998, p.41).
Mas, o que é ser diferente? Para Brandão (1986 apud GUSMÃO, 2000, p. 12) o diferente e a diferença são partes da descoberta de um sentimento que, armado pelos símbolos da cultura, nos diz que nem tudo é o que eu sou e nem todos são como eu sou. Os alunos tem diferentes origens e histórias de vida, portanto, não podemos negar essas diferenças que os tornam seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos (GUSMÃO, 2000). Acreditamos que tratar as crianças com igualdade é saber respeitar as suas diferenças. A autora acrescenta que a pluralidade cultural de grupos étnicos, sociais ou culturais necessita ser pensada como matéria-prima da aprendizagem, porém nunca como conteúdo de dias especiais, datas comemorativas ou momentos determinados em sala de aula (GUSMÃO, 2000, p. 19). Nesse sentido, o grande desafio da educação é estabelecer um processo de aprendizagem baseado na comunicação e na troca visando eliminar práticas de discriminação e de exclusão presentes no contexto social (GUSMÃO, 2000). As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil confirmam a proposta apresentada pelo Referencial Curricular e apontam que o trabalho pedagógico realizado dentro das instituições de Educação Infantil devem assegurar a dignidade da criança como pessoa humana e a proteção contra qualquer forma de violência física ou simbólica e negligência (BRASIL, 2010, p.21). Essas Diretrizes concebem a criança como sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva (BRASIL, 2010, p.12). Por isso, é necessário tirar a diversidade do papel e incluir no dia-a-dia das instituições de ensino, principalmente na Educação Infantil que é um ambiente adequado para a formação dos valores humanos das crianças pequenas (BARBOSA, 2009).
 O  presente projeto será realizado na Escola para que as crianças aprendam a se respeitar.   Iniciaremos   o projeto Trabalhando a diversidade na Educação Infantil: um novo olhar sobre as diferenças com o objetivo de discutir as questões relacionadas as diferenças visando uma melhor convivência entre todos os envolvidos.
OBJETIVO

            Contribuir com a formação moral da criança. A educação do espírito e da mente para o bem envolve diversos aspectos, envolvendo regras e preceitos o que se deve e o que não se deve fazer no convívio com o outro. Envolve a prática reiterada dos bons hábitos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Propiciar o desenvolvimento de virtudes indispensáveis à formação humana;
·         Intensificar o trabalho de valores, consciente do papel social da escola, de modo a oportunizar as reflexões e atitudes que visam ao bem-estar dos cidadãos e o fortalecimento da autonomia dos homens.
·         Discutir questões relacionadas com as diferenças visando a resolução destes conflitos.
·         Desenvolver o pensamento reflexivo
·         Desenvolver o Respeito pelos seus semelhantes.
·         Ressaltar a importância dos valores humanos com atitudes positivas.

 ATIVIDADES PROPOSTAS DURANTE O ANO:
Para o desenvolvimento da prática serão realizadas as seguintes atividades:
                Roda de Conversa:   com o tema “do que você não gosta de ser chamado?”
 Espelho Mágico:  Caixa de papel embalada com presente bem bonita e  no fundo um espelho. Levaremos para a sala de aula e mostraremos para as crianças  essa caixa. Diremos que é um presente que a fada trouxe para a turma e que dentro dela há uma surpresa. Então, uma criança de cada vez será chamada para olhar dentro da caixa, porém ela não pode contar para ninguém o que viu. No final da atividade será feito um questionamento sobre o que elas viram se gostaram....
 Desenho do Amigo: Todos os dias, ao chegar à escola, será sorteado o nome do amigo que será desenhado pela turma. A criança sorteada, ficará na frente da sala, para que todos possam observar as suas características.  
 Poesia: Confecção de  um cartaz com a Poesia de Ruth Rocha “Pessoas são Diferentes” 
“Pessoas são Diferentes” (Ruth Rocha)
São duas crianças lindas, Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada, A outra é cheia de dentes.
Uma anda descabelada, A outra é cheia de pentes!
 Uma delas usa óculos, E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados, A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos, A outra corta eles rentes.
 Não queira que sejam iguais, Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas, Mas são muito diferentes!

 História Peixinho de Chocolate : Confeccionaremos uma caixa de histórias utilizando E.V.A e palitos de sorvetes. A história serái contada às crianças e, em seguida, conversaremos com a turma sobre o que elas acharam da história e questionaremos se  na escola, todas as crianças são iguais? Para registrar a história faremos a dobradura de peixinhos formando o fundo do mar.
O PEIXINHO DE CHOCOLATE
  Mamãe Peixinha ficou grávida no dia das mães. Papai Peixão, muito feliz, comemorou contando para todos os peixes do mar a grande novidade! Mamãe Peixinha, toda vaidosa, começou a cuidar-se, pois é da família dos peixes mais belos dos mares, ou seja, os lindos peixes-borboletas que são listrados e bem coloridos. Papai Peixão procurou a Baleia-Azul, considerada a rainha dos mares, para anunciar o nascimento. Preocupado em dar a notícia rapidamente, ela pediu ajuda ao Peixe-Voador. Assim, a notícia espalhou-se por todos os mares. Durante a gravidez, Papai Peixão cercou Mamãe Peixinha de todos os cuidados. Ele não permitiu que sua querida esposa fosse passear em lugares distantes. Além disto, deixou-a resguardada pelo Peixe-Leão. Uma grande festa, que aconteceria depois do nascimento do peixinho, já tinha sido programada. Todos os peixes do mar iriam participar. Por exemplo, o Golfinho faria uma apresentação de saltos; a Baleia bailaria, jorrando água; o Peixinho- Lanterna iluminaria o mar, formando um enorme contraste de cores. Chegada a hora do nascimento, Papai Peixão, solicitou a presença do seu amigo Polvo, pois sua força seria sinônimo de energia e segurança. Mamãe Peixinha preparou-se para o nascimento do primeiro peixinho da família. Papai Peixão esperava, ansiosamente, ao lado do Cavalo-Marinho que sempre ficava tentando acalmá-lo. - Nasceu! - silvou a Baleia que soltou água para todos os lados, como havia combinado. - Oh! Que maravilhosa surpresa! O peixinho é marrom e tem também sabor! - disse o Golfinho ao dar-lhe um carinhoso beijinho. A notícia espalhou-se, rapidamente, por todos os mares. Em pouco tempo, vieram peixes de vários lugares, não só para ver, mas também para tocar e sentir um gostinho agradável de chocolate. Papai Peixão tentou consolá-la, mas a sua esposa só ficou aliviada quando chegou o sábio Salmão que lhe disse: - Dona Mamãe Peixinha, no mar todos os peixes têm direitos iguais, mesmo sendo de cores diferentes. É também dever de todos os peixinhos respeitar uns aos outros. Mamãe Peixinha, mais tranquila, fez a seguinte pergunta: - E agora, o que fazer? Todos os peixes do mar responderam: - Deixe-o viver solto e feliz, pois é um peixinho diferente, mas é extremamente lindo. Além disso, todos que se aproximarem dele e tocarem-no, sentirão, num primeiro momento, o gostinho de chocolate que emana de seu corpinho. Depois que travarem laços de amizade, perceberão que a sua alma, também é doce como o chocolate! Assim, o Peixinho de Chocolate passou a conviver harmoniosamente com todos os peixes do mar!
Sessão de Fotos: Com o intuito de ressaltar a beleza de cada criança, organizaremos uma sessão de fotos. As meninas arrumarão o cabelo e serão maquiadas. Os meninos receberão acessórios como bonés e óculos escuros. Para finalizar, as fotos serão gravadas em um DVD e colocadas na televisão para que as crianças possam ver o resultado final.
·         Montar barracas de TNT na sala para contação de histórias ( A fantasia toma conta e tudo é possível...);
·         Histórias: Uma Joaninha Diferente, Ninguém é igual a ninguém, O Menino Marrom, Diversidade, Na minha escola todo mundo é igual, Menina bonita do laço de fita, Bruna e a Galinha de Angola, A Colcha de Retalhos, O Pássaro sem Cor, Apelido não tem cola, o Cabelo de Lelê, Não tem dois Iguais, Minha irmã é diferente, o menino que via com as mãos...
·         Trabalhos com impressão digital ( se você colocar tinta no dedo e pressioná-lo, fará uma marca, ninguém mais no mundo inteiro pode ter a mesma impressão digital);
·         Trabalhos com argila e com massa de modelar;
·         Confecção de peteca com palha de milho ou jornal;
·         Brincadeiras de Roda (etnias indígenas);
·         Dança das cadeiras;
·         Brincadeiras com balões;
·         Pintura do rosto das crianças;
·         Dobraduras;
OBSERVAÇÃO: Durante  o ano serão planejadas atividades de acordo com algumas datas comemorativas e também de acordo com a faixa etária das crianças.
                CONSIDERAÇÕES FINAIS O principal objetivo desse trabalho é mostrar que não somos iguais e que devemos respeitar uns aos outros e quanto é importante trabalhar as diferenças ainda enquanto as crianças são pequenas, pois devemos estabelecer relações solidárias e de equidade entre os sujeitos diferentes.
 REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria C. S. Praticar uma educação para a diversidade no dia-a-dia da escola de educação infantil. In: FRANCISCO, Denise A.; MENEZES, Mireila S. Reflexões sobre as práticas pedagógicas. Novo Hamburgo: Feevale;
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, v. 2;
GUSMÃO, Neusa M. M. Desafios da Diversidade na Escola. Revista Mediações, Londrina, v.5, n.2, p.9-28, jul/dez, 2000.
OBSERVAÇÃO:  Como nossa Escola está sendo vista como uma “Escola velha” , gostaríamos de mudar esta visão e de torná-la uma Escola popular, agradável, que os pais sentissem prazer em deixar seus filhos. Para tanto faremos atividades para darmos um “up” na Escola e a tornarmos mais conhecida e popular.
Sabemos que para que   aconteça a aprendizagem na escola e haja um clima de respeito e segurança no ambiente alguns cuidados são necessários.  Tudo  deve estar na mais perfeita ordem para que o aluno sinta-se valorizado e encontre no ambiente escolar a esperança de uma vida melhor, desde quem recebe o aluno no portão, até as instalações da sala de aula e outras dependências da instituição.
O preparo do ambiente escolar, tornando-o acolhedor, agradável e bonito aos olhos de todos, é uma das ações  que devem sempre estar presentes diariamente, pois muitas escolas se encontram em estado físico tão destruído e mal cuidado que os alunos não sentem atração alguma pela mesma.
Imagine-se no lugar desses alunos, chegando a uma escola com carteiras quebradas, pintura descascada, pouca iluminação, goteiras, dentre outros tantos pequenos problemas. Será que teria disposição e motivação para passar às vezes até doze horas do seu dia num local assim? Quais os valores da educação, se não se pode estudar numa escola bem cuidada, limpa e bonita?
A aparência física da escola é importante para o aluno, pois esses cuidados demonstram que os envolvidos no processo educativo se preocupam em manter um clima de respeito aos alunos. Em se tratando de escolas públicas, a depredação deve ser trabalhada com a comunidade. As pessoas precisam aprender que o público é algo de todos e, portanto, para o bem-estar das pessoas que moram naquela região. Se eles mesmos são tratados com desrespeito, com prédios mal cuidados e sem estrutura, sentirão que aquela escola não promove uma educação de qualidade. Afinal, uma coisa está relacionada com a outra, é a pura questão da motivação, por isso  estamos pensando em fazer um trabalho com a comunidade, principalmente os pais da Escola em relação a imagem da Escola.
Partindo de uma amostra de fotos da Escola fazer uma divulgação ampla na comunidade e trabalhar o Projeto da Escola voltado também à comunidade.


Argumentar

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    Argumentar é saber justificar uma ideia, opinião ou uma tese, dando razões que explique porque pensamos ou agimos de tal maneira. Conforme vimos no texto “Estrutura do argumento”, todo argumento possui a mesma estrutura:*Conclusão: Aquilo que se quer justificar;
* Premissa: Aquilo que justifica a conclusão.

   Um argumento tem sempre apenas uma conclusão, mas pode ter uma ou mais premissas.Argumentar não é um comportamento a ser apresentado apenas por filósofos ou cientistas. Ele é útil para a vida cotidiana e profissional de qualquer pessoa. O maior desafio para nós professores é encontrar formas de motivar nossos alunos para que participem ativamente das aulas, pois muitos têm receio de falar em público e de expressarem suas opiniões e, por isso, é muito importante que pratiquem essa habilidade que será um grande diferencial em suas vidas. Difícil o professor que não sonha em formar alunos capazes de encarar qualquer situação observando, respondendo e argumentando sem se sentirem ameaçados por estarem expressando sua opinião, seus direitos e desejos. Para isso é necessário que a educação forneça a base para que essas habilidades e comportamento sejam desenvolvidos e que serão úteis na prática durante suas vidas e, dessa forma, colaborar para o desenvolvimento da cidadania. Além disso, as discussões em sala de aula possibilitam que o aluno organize suas ideias, estimula a pesquisa ampliando os conhecimentos. Na educação infantil essa metodologia ajuda na ordenação do pensamento e principalmente no desenvolvimento da linguagem oral.

    Quando o professor possibilita a discussão em sala de aula, o conhecimento dos alunos é valorizado e professor e aluno são aproximados fazendo com que todos entendam melhor as visões uns dos outros, percebendo que suas experiências e conhecimentos prévios também são importantes para a construção do conhecimento do grupo.


Pensamento crítico

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    Sustentar nossa opinião de forma crítica é saber justificar e argumentar aquilo que se afirma isso nos permite o diálogo desde que sejam estabelecidas regras comuns para se justificar. Na educação temos um papel fundamental na construção do pensamento crítico do educando, cabe a escola não somente o trabalho com os conhecimentos científicos, mas também com a formação ética, visando a formação de cidadãos mais justos e solidários.
      Para isso é fundamental que nos espaços educativos, seja construída e problematizada a participação do indivíduo na sociedade, gerando uma conscientização da realidade onde encontramos conflitos e interesses individuais e sociais, para tanto a necessidade da conscientização de direitos, deveres e a noção dos limites e das possibilidades de ações individuais e coletivas. Nosso objetivo como professor deve ser a formação de um individuo que saiba respeitar as diferenças e para isso não é suficiente fazer belos discursos sobre o tema, será preciso que a criança vivencie esse respeito entre todos que compõem o âmbito escolar, mas com certeza a postura e conduta do professor será o principal exemplo a ser observado e por muitas vezes usado como modelo.

    Na educação infantil, minha área de atuação, as crianças observam muito nosso comportamento e atitudes em sala de aula e fora dela, é muito comum observar nas brincadeiras as crianças repetindo ações, comportamentos e palavreados usado por nós professoras ou pelos pais, essas ações dos pequenos me leva a concordar com o ditado popular "As palavras ensinam mas os exemplos arrastam ".

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Educar para a vida

  
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 Como educadores podemos dizer que somos como um maestro regendo uma orquestra, assim nossa postura docente é que ajuda a reger a educação e para que nosso trabalho surta uma boa música é preciso saber se desejamos  educar para a vida ou para o mundo., onde com a inclusão novos componentes passam a fazer parte da nossa orquestra, com diferentes saberes onde aprendemos juntos uma nova forma de educar e de viver a vida.

   A importância em saber como conduzir a educação traz saberes para a vida e para o mundo, estamos em constantes mudanças tecnológicas e sociais, onde o aprendizado inicia no nosso nascimento e continua até o fim de nossas vidas. Sejamos nós professores, pais, alunos ou fizemos de alguma forma parte da comunidade escolar, precisamos compreender que  a escola é uma lugar onde a educação é exercida, mas que a escola só tem sentido enquanto ela se refere também à vida. Em outras palavras, a escola deve educar para a vida.

Inclusão

     
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     Nossas escolas possuem muitas modalidades de ensino, currículos e muita burocracia, a inclusão vem fazendo a educação fluir novamente espalhando um novo olhar e uma nova formação para todos que dela participam implicando em mudanças e por uma nova interpretação. As diferenças culturais, raciais , religiosas, enfim toda a diversidade humana tem sido tratada  de maneira mais natural e isso faz com que aprendamos mais do mundo e de nós mesmos.

     A inclusão com ou sem laudo ainda causa apreensão entre boa parte dos profissionais da educação, pois ainda falta formação para que se sintam confiantes na realização das atividades sem preconceitos ou diferenças que possam prejudicar a formação dos alunos. Na escola onde atuo não possuímos nenhuma criança com necessidades especiais, alguns casos de crianças com acompanhamento de psicóloga e psicopedagoga onde o motivo maior é comportamento causados por desestrutura familiar e hiperatividade, também nós educadores recebemos apoio e orientação sobre nossa postura e conduta perante essas situações, acredito que esse apoio é fundamental para que possamos desenvolver nossa função da melhor maneira possível ajudando nossas crianças que também sofrem por serem assim.

sábado, 18 de novembro de 2017

Mais laboratórios e menos auditórios

Meus alunos do MT II 


Becker apresenta a importância de mudar nossas escolas e da necessidade e dos resultados em se ter mais laboratórios e menos auditórios onde o aluno passaria de repetidor para criador levando em conta as vantagens que a educação teria, pois em auditórios se transmite o que já sabemos o que já foi conquistado e nos laboratórios se investe na intuição e nas experiências. Becker também fala dos verbos que são privilegiados nas escolas que são “copiar e repetir” e que o acesso a informática têm mudado por “recortar e copiar,” e que os laboratórios ajudariam em mudar para verbos como “ interagir, experimentar,perguntar, transformar, inventar ....”, fala-se tanto em impor limites mas não se permite ultrapassar limites,professores capacitados com conhecimentos sobre as fases e processos do desenvolvimento e aprendizagem e decididos a sair do comodismo fariam dos laboratórios uma extensão da sua sala de aula com a realização de projetos que atenderiam os interesses e as curiosidades dos alunos.
Percebo na Educação Infantil uma facilidade maior em fazer da própria sala de aula um “laboratório”,nas experiências realizadas com as crianças, no contar de histórias, no criar e recriar com sucatas... os pequenos brincam e aprendem, fazem descobertas e criam novos saberes.