sexta-feira, 29 de junho de 2018

Consciência fonológica


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 “A consciência fonológica é a capacidade de segmentar de modo consciente as palavras em suas menores unidades, em sílabas e em fonemas. Considerada habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem, é compreendida em dois níveis, sendo eles: a consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas em fonemas e que palavras são constituídas por sequências de sons e fonemas representados por grafemas.” Portal da educação.
A capacidade de refletir e compreender  a estrutura sonora das palavras é uma habilidade que se desenvolve gradualmente à medida que a criança adquire conhecimentos e constrói suas aprendizagens.
A alfabetização exige recursos e caminhos para nossas crianças se apropriarem e desenvolverem as habilidades de percepção, discriminação auditiva, bem como a composição gráfica de grafema=fonema,há algumas crianças que exigem mais tempo, mais treino, mais observação, mais contato com material de estimulação manual, visual e de letramento.
Deste modo no processo de alfabetização nos anos iniciais requer que a consciência fonológica seja trabalhada de forma lúdica para que favoreça o desenvolvimento no indivíduo das habilidades de percepção e manipulação da estrutura sonora das palavras. Por não ser algo homogêneo, a consciência fonológica apresenta diferentes níveis, ou seja, o nível da consciência de palavras que formam a frase, o da consciência de sílabas e, posteriormente, a consciência de fonemas. Cada um deles pode contribuir para o desenvolvimento dos outros, que por sua vez irão repercutir no aprendizado da leitura e da escrita. Existem muitas maneiras de estimular a consciência fonológica, mas, se o processo for lúdico, o resultado será mais satisfatório.
Uma das técnicas que pode ser usada e que normalmente surge com bastante facilidade para a maioria das crianças são as atividades com rimas. Por isso, os jogos com rimas são uma excelente iniciação à criação da consciência fonológica. Por direcionar a atenção das crianças às semelhanças e diferenças entre sons das palavras, esses jogos são uma forma útil de desenvolver a percepção de que a língua não tem apenas significado e mensagem, mas também uma forma física.


Referência:
                          https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/o-que-e-consciencia-fonologica/45447
https://4.bp.blogspot.com/_vya0ijL2gm4/Sji7qW2QcfI/AAAAAAAAAJQ/pRGExZXaYu8/s400/imagem+rela%C3%A7%C3%A3o+reciproca+CF+e+LE.bmp

Teorias sobre construção de conhecimento e aquisição de linguagem

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As aulas do PEAD nos mostraram várias teorias envolvendo construção do conhecimento e aquisição da linguagem, esse aprendizado me aproxima das crianças facilitando a compreensão das fases podendo contribuir de forma mais eficaz nessa construção.
Vejamos as principais:
Piaget
*Conforme a teoria de Piaget o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento cognitivo ao longo da sua vida. O desenvolvimento e o conhecimento se da através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo Piaget, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. O processo de modificação de si próprio é chamado de acomodação. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte. Ou seja, tudo o que aprendemos é relacionado com aquilo que já tínhamos aprendido.
*A visão cognitivista construtivista (Piaget) entende a aquisição da linguagem como dependente do desenvolvimento da inteligência da criança. Sob esse ponto de vista, a linguagem surge quando a criança desenvolve a função simbólica. É necessária a mediação do outro entre a criança e o mundo, porém a criança não espera passivamente o conhecimento, mas constrói tal conhecimento a partir das relações estabelecidas através dessa mediação.
Vygotsky
*Vygotsky mostra que o desenvolvimento e o conhecimento se dá de fora para dentro. Para ele a aprendizagem da criança antecede a entrada na escola e que o aprendizado escolar produz algo novo no desenvolvimento infantil, evidenciando as relações interpessoais. A aprendizagem e a aquisição do conhecimento acontecem em todo lugar. O processo de formação de pensamento é despertado e acentuado pela vida social e pela constante comunicação que se estabelece entre crianças e adultos, a qual permite a assimilação da experiência de muitas gerações. A linguagem intervém no processo de desenvolvimento intelectual da criança desde o nascimento. 
* Vygotsky considera os fatores sociais, comunicativos e culturais para aquisição da linguagem, estudando as características da fala dos adultos. Segundo esse ponto de vista teórico a interação social e a troca comunicativa são pré-requisitos básicos para aquisição da linguagem. Nessa perspectiva, a linguagem é atividade constitutiva do conhecimento de mundo e a criança se constrói como sujeito. Sem linguagem, o ser humano não é social, nem histórico, nem cultural.
Skinner
*De acordo com a teoria de Skinner a aprendizagem ocorre através de estímulos e reforços, de modo que se torna mecanizada onde os alunos recebem passivamente o conhecimento do professor. Em sua visão, conhecida como Behaviorismo, os comportamentos são obtidos pelo reforço - estímulo do comportamento desejado
*De acordo com o ponto de vista behaviorista, espera-se que a criança adquira um comportamento verbal por meio da observação, da imitação de adultos, das outras crianças e por meio da manipulação dos dados externos
Chomsky
*Chomsky foi o criador do módulo lingüístico chamado Faculdade da Linguagem, onde defende em sua teoria que a língua é um fenômeno exclusivo da espécie humana (tipo particular de estrutura e organização mental).Existe um módulo lingüístico na mente, constituído de princípios responsáveis pela formação e compreensão das expressões lingüísticas, especialmente dedicadas à língua.Essa faculdade é inata (todos os seres humanos nascem dotados dela) e é parte da dotação genética da espécie humana
Wallon
*Na concepção de Wallon a afetividade e as emoções são atributos inseparáveis no desenvolvimento racional e cognitivo. Wallon se refere ao homem em seu desenvolvimento como um ser geneticamente social e estuda a criança e a divisão entre o saber e o sentir na infância e suas implicações nas relações com o meio, defendendo em sua teoria a expressividade postural do sujeito como um “sinal” do que possivelmente pode estar gerando impacto em sua aprendizagem. A Afetividade e a cognição são elementos segundo o autor inseparáveis na formação psíquica do ser humano, uma vez que ambos participam de seu processo de desenvolvimento.
*A obra Walloniana afirma que a emoção se entrelaça com a afetividade e a inteligência e passa a ser desta forma, também, e essencialmente, um fator significativo na convivência do sujeito, se tornando assim um elemento fundamental de compreensão para a formação de educadores.


Referências:
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ6rpDwfPfQBoJen2ZVqp_5MFD0ra0KZXda2LbfD73jIzG3aIwixg
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1466982
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1466983
https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1503041
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2440538/mod_resource/content/1/aula%204%20completa.pdf

Teoria de Wallon


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Iniciar os estudos sobre as teorias de Wallon é algo de muita valia para mim, pois como trabalho com Educação Infantil, por muitas vezes sou remetida a situações corriqueiras em sala de aula. Como diz o autor :“Uma educação comprometida com uma agenda reflexiva busca ampliar e resgatar os fundamentos da razão formativa, a saber: a humanização. Isso implica novos desafios para educação e para escola.”
Na concepção tradicional de ensino, a afetividade e as emoções sempre foram colocadas em segundo plano diante dos atributos cognitivos e racionais, já Wallon se refere ao homem em seu desenvolvimento como um ser geneticamente social e estuda a criança e a divisão entre o saber e o sentir na infância e suas implicações nas relações com o meio, defendendo em sua teoria a expressividade postural do sujeito como um “sinal” do que possivelmente pode estar gerando impacto em sua aprendizagem. Para tanto, partimos da hipótese de que a afetividade se constitui um elemento inseparável da inteligência no desenvolvimento do sujeito.
Grande valia a teoria de Wallon trás para a formação docente e o papel do professor na formação e na aprendizagem dos alunos. A Afetividade e a cognição são elementos segundo o autor inseparáveis  na formação psíquica do ser humano, uma vez que ambos participam de seu processo de desenvolvimento, por isso da importância de entender essa teoria para melhor compreendermos o dia a dia das relações escolares.
De acordo com a teoria de Wallon, tanto a afetividade como a cognição, nascem de bases orgânicas, obtendo multiplicidade na relação com o meio, ou seja, o desenvolvimento caminha organicamente e socialmente. Para ele, a afetividade e a cognição sempre estarão em movimento, oscilando diante das aprendizagens que o sujeito inserir no decorrer de sua vida. Nesse modo de ver, ambas estão interligadas de tal maneira que essa relação interfere e determina o desenvolvimento da inteligência e a formação psíquica de um sujeito na infância. Portanto, é nesse sentido que a obra Walloniana afirma que a emoção se entrelaça com a afetividade e a inteligência e passa a ser desta forma, também, e essencialmente, um fator significativo na convivência do sujeito, se tornando assim um elemento fundamental de compreensão para a formação de educadores. Conforme cita:
“[...] a emoção estabelece, pois, as bases da inteligência; se identifica com o seu desenvolvimento próximo, a afetividade, surge como condições para toda e qualquer intervenção sobre aquela. Nesse sentido, o autor caracteriza a emoção como fator principal para o desenvolvimento da criança, bem como para a formação do indivíduo e sua personalidade em meio a seu meio social. A emoção, segundo Dantas (1992, p. 85) é simultaneamente social e biológica em sua natureza, pois realiza a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é, social.”
Nesse sentido, pensar e refletir a Educação, conforme as contribuições da teoria de Wallon,significa superar uma visão fragmentada acerca das contradições existentes no sistema educacional atual que, por sua vez, insistem em classificar separadamente o saber e sentir no processo de desenvolvimento de um sujeito. Sendo que uma vez identificadas tais contradições por nós professores nos permite perceber que o processo educativo deve formar pessoas respeitando seu desenvolvimento e suas emoções.

Referências:
https://image.slidesharecdn.com/henriwallon-apresentao-110510091433-phpapp02/95/henri-wallon-e-sua-teoria-7-728.jpg?cb=1305360030



quarta-feira, 27 de junho de 2018

Escolas democráticas


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 Nossas escolas e a educação como um todo tem passado por mudanças significativas, mas muito ainda necessita ser mudado, o curta “Escolas democráticas” nos apresenta uma forma de ensino nada democrática, e são vestígios desse modelo de educação que muitas vezes nos deparamos em nossas escolas.
Rubens Alves nos mostra como escolas podem ser gaiolas ou asas,onde o aluno é comparado a um pássaro em uma gaiola, que não possui liberdade de pensar.  Ao professor cabe mostrar aos alunos que eles são capazes de voar, provocando a curiosidade e desenvolvendo nas crianças o desejo de aprender.
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”Rubens Alves.
Seguindo este mesma teoria sobre aprendizado, Becker apresenta a importância de mudar nossas escolas e da necessidade dos resultados em se ter mais laboratórios e menos auditórios, uma visão totalmente oposta do curta “Escolas Democráticas”, onde o aluno passaria de repetidor para criador levando em conta as vantagens que a educação teria, pois em auditórios se transmite o que já sabemos o que já foi conquistado e nos laboratórios se investe na intuição e nas experiências. Becker também fala dos verbos que são privilegiados nas escolas, também único método usado na escola exemplo do curta, que são “copiar e repetir” e que hoje devido o acesso a informática têm mudado por “recortar e copiar,” os laboratórios defendidos por Becker ajudariam em mudar essa realidade para verbos como: “interagir,experimentar, perguntar, transformar, inventar ....”, fala-se tanto em impor limites mas não se permite ultrapassar limites,professores capacitados e decididos a sair do comodismo fariam dos laboratórios uma extensão da sua sala de aula e teríamos escolas capazes de proporcionar aos alunos uma educação de qualidade.

Referência:
http://www.raiz.org.br/media/uploads/2016/07/30/13867107_1164045980304969_1903791038_n.jpg

Qualificar a escrita


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Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
Paulo Freire
    A proposta da atividade do Seminário Integrador “qualificar a escrita acadêmica”,tem muito sentido com as palavras de Paulo Freire, é necessário ter um bom raciocínio e a compreensão sobre o assunto discutido para que possamos nos posicionar, argumentar e escrever de forma clara um texto que venha a construir na vida do leitor
   Minha área de atuação é a educação infantil por isso não trabalho diretamente com textos e com escritas, mas percebo que algumas coisas são fundamentais para que se possa “escrever bem”, a primeira é escrever diariamente assim aprendemos novas técnicas e passamos a dar mais atenção a alguns detalhes que normalmente passavam despercebidos.   Outro hábito importante é o da leitura, pois quando você lê, adquire vocabulário e, portanto, a escrita se torna mais fácil, pois terá mais opções de palavras ao escrever. Consequentemente, seu texto se tornará de fácil leitura, pois não terá termos ou idéias repetidas.

              Aprender é uma arte constante e necessária!!!!

Referência imagem:
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domingo, 24 de junho de 2018

Alfabetização e Empowerment Político

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     O texto “Alfabetização e a pedagogia do empowerment político”, de Henry A. Giroux, traz algumas ideias de Gramsci, colocando a função da alfabetização em dois polos: um em favor do empoderamento individual e social, o qual ele chama de empowerment, e o outro em favor da perpetuação das relações de dominação e repressão. Gramsci defende a ideia de que devesse lutar pela alfabetização, a fim de ampliar as possibilidades de vida e liberdades humanas, de modo a permitir que as pessoas participem e compreendam a transformação de sua sociedade.
    A alfabetização é, ou melhor, deveria ser um combate a dominação, mas a forma como é tratada/trabalhada, vem de uma perspectiva funcional, de acordo com os interesses políticos da classe dominante, de modo a continuar reproduzindo e mantendo o modelo de sociedade que conhecemos: classe dominante e classe dominada. De que forma? Educando crianças oriundas da classe trabalhadora com habilidades de leitura e escrita que apenas os tornem funcionais.
    A alfabetização deve fazer parte de um projeto político e de uma prática pedagógica que traga esperança e transformação para os que lutam por um futuro melhor, dando voz e vez àqueles que tem sido marginalizado e silenciado pelas escolas, pelos meios de comunicação de massa, pela indústria cultural e pela cultura televisiva a fim de que exijam a autoria da própria vida.
    Paulo freire muito se preocupou com a educação emancipadora, isto é, educação além da leitura e da escrita e que permita a homens e mulheres compreender e transformar suas experiências pessoais e reconstituir sua relação com a sociedade mais ampla, isto é, linguagem é poder. Conforme o texto, para Paulo Freire, “a alfabetização é parte do processo pelo qual alguém se torna autocrítico a respeito da natureza historicamente construída de sua própria experiência. Ser capaz de nomear a própria experiência é parte do que significa "ler" o mundo e começar a compreender a natureza política dos limites bem como das possibilidades que caracterizam a sociedade mais ampla”.
      A alfabetização é libertadora e transformadora, na linguagem de Paulo Freire. Por isso, deve-se deixar de lado a questão do conteúdo como a verdade conhecimento, parar de reproduzir conteúdo aos alunos que passivamente o recebem. Conhecimento se produz na interação entre professor e aluno, de forma a empower os alunos como cidadãos críticos e ativos, do contrário, se está silenciando e marginalizando os alunos.
     Outra crítica importante que a educação libertadora e transformadora faz é em relação ao currículo, que se constroi nos moldes que sempre acabam favorecendo um determinado grupo situado nas relações de poder. É por isso que deve ser examinado criticamente a fim de desenvolver condições pedagógicas nas suas salas de aula que permitam que as diversas vozes dos alunos sejam ouvidas e legitimadas. Outro ponto importante do currículo é que ele deve valorizar as experiências dos alunos e usá-la como ponto de partida para os problemas e necessidades dos próprios alunos, estimulando-os a afirmar, contar e recontar suas narrativas pessoais pelo exercício de suas próprias vozes. Isso é empowerment, tanto de alunos, como de professores.
     Nenhuma atividade educativa é destituída de intencionalidade e, por isso, está sempre agregada ao modelo de homem e sociedade a que se quer servir ou transformar. Tanto mais se percebe essa intencionalidade quando se refere à alfabetização e mais ainda a alfabetização de jovens e adultos.
    Os dados do IBGE apontam que o Brasil ainda tem 7,8% de sua população maior de 15 anos sem ser alfabetizada. Isso equivale a aproximadamente 16 milhões de pessoas que não sabem ler ou escrever um bilhete. E quando os dados referentes aos que concluíram o 4° ano, a população com baixa escolaridade passa para 33 milhões de pessoas. O que mais preocupa diante dos dados é que, embora a maior parte da população analfabeta esteja na população acima de 60 anos, o que se deve a fatores históricos de dificuldade de acesso à escola, na população entre 15 e 29 anos a taxa ainda beira os 7%. E muitos desses jovens passaram pela escola, (mesmo que por pouco tempo e dela saíram sem se apropriar da aprendizagem que é a mais importante no contexto escolar.
    Dentro desse contexto, que não difere muito daquele em que Paulo Freire construiu suas concepções de alfabetização e educação, Henry Geraix no texto “Alfabetização como prática cultural” estabelece algumas reflexões sobre as ideias que cercam os processos de alfabetização.  O autor estabelece as características de uma alfabetização funcional e aquela que esse denomina alfabetização crítica.
     A alfabetização funcional é aquela que atende ao mercado de trabalho e de consumo pois está “destinada a iniciar os pobres, os desprivilegiados e as minorias na lógica de uma tradição cultural unitária e dominante”. Isto é, através da alfabetização o sujeito terá acesso aos conhecimentos “socialmente” aceitos em detrimento aqueles próprios de seu ambiente “iletrado”. Dentro dessa concepção de alfabetização, o analfabetismo está, além de não saber ler e escrever, “é também um indicador cultural para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação cultural”.Na alfabetização crítica, ao contrário, deve-se buscar a “leitura da palavra do mundo” não apenas para a compreensão da realidade em que o sujeito vive e as relações que nela se estabelecem, mas também para, se apropriando de sua história, (re) construir essa realidade.
    Nessa concepção de educação, educação educando se comprometem com a aprendizagem, já que a relação não se dá entre quem sabe e quem não sabe, mas entre aqueles que possuem saberes diferentes. Se estabelece então aquilo que Paulo Freire considera condição essencial, para a prática educativa: a relação dialoga entre os sujeitos e entre esses e o conhecimento. Conhecimento, esse, que deve levar à compreensão da realidade e não aqueles ditos saberes cultos desvinculados do mundo real e da vida do sujeito. Entende-se então que a alfabetização não tem como objetivo a emancipação do sujeito, ela deve levar os sujeitos a se engajarem na luta pela construção de possibilidades de vida e liberdade para todos. “Ser alfabetizado não é ser livre; é estar presente e ativo na luta pela reivindicação da própria voz, da própria voz, da própria história”. Para o autor, dentro da perspectiva da alfabetização crítica o analfabetização é compreendido muito além da incapacidade funcional de ler e escrever, analfabeto compreende também a incapacidade de ler o mundo, as relações de poder e exploração que nele se estabelecem e o papel que desempenham nessas relações.
    Exemplificando: Muitos de nós somos capazes de identificar a violência como um grave problema social, especialmente nos centros urbanos. E apontamos como causas a “desestruturação familiar” a drogadição, a pobreza, a falta de valores. Mas temos dificuldade em nos dar conta que nossa intenção de impor aqueles “valores” que consideramos certo, o nosso modelo de estrutura familiar e de padrão de vida, também estamos sendo violentos. Toda relação em que os saberes de um grupo se sobrepõe ao outro é uma relação de violência.
     Voltando a questão da alfabetização ação crítica, também a relação e construção do currículo deve priorizar práticas pedagógicas nas quais a compreensão da vida de cada um reafirme e aprofunde a necessidade de “os professores e os alunos recuperarem suas próprias vozes de modo que possam tornar a contar e criticar a história que lhes contam em comparação com o que viveram”.

 Fonte:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2388540/assignsubmission_file/submission_files/1909902/Trabalho%20Eja%202.docx?forcedownload=1
 https://moodle.ufrgs.br/mod/url/view.php?id=1466123
https://moodle.ufrgs.br/mod/url/view.php?id=1466124



Conceitos, funções e desafios do EJA

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https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3L-su5wSLDILN3n6BEIcDfIQMXo5MXmP-RMuOhWA6aBheEvA2

Este trabalho que segue foi uma proposta de trabalho em grupo, onde foi abordado conceitos, funções, história e desafios do EJA, o resultado foi de muito aprendizado, descobertas e reflexões:
“A EJA surgiu a partir de iniciativas pontuais na tentativa de solucionar os problemas decorrentes do analfabetismo e falta de qualificação da mão de obra necessária ao modo de produção em cada época da história de nosso país, além de ser uma educação compensatória, supletiva e emergencial. Conforme o parecer CNE/CEB 11/2000, as teleconferências e audiências com a presença de representantes do MEC, foram fundamentais para pensar e repensar os principais tópicos da estrutura do mesmo.
As sugestões, as críticas e as propostas foram abundantes e cobriram desde aspectos pontuais até os de fundamentação teórica, além de muito apoio solidário de inúmeros fóruns compromissados com a EJA e de muitos interessados que, por meio de cartas, ofícios e outros meios, quiseram construir com a relatoria um texto que, a múltiplas mãos, respondesse à dignidade do assunto tendo em vista que que o acesso a formas de expressão e de linguagem baseadas na microeletrônica são indispensáveis para uma cidadania contemporânea e até mesmo para o mercado de trabalho em um país historicamente marcado pelo oficial X real, Casa Grande X Senzala, tradicional X moderno, capital X interior, urbano X rural, cosmopolita X provinciano, litoral X sertão, alfabetizados X analfabetos, letrados X iletrados, onde também a habilidade de leitura e escrita ainda não são universalizadas. Além disso, as condições sociais adversas e as sequelas de um passado ainda mais perverso se associam a inadequados fatores administrativos de planejamento e dimensões qualitativas internas à escolarização e, nesta medida, condicionam o sucesso de muitos alunos e, por isso, ainda temos muitos alunos que levam mais que nove anos (tempo mínimo) para concluir o ensino fundamental.
A EJA é uma medida que visa, entre outros aspectos, diminuir a taxa de distorção idade série. A educação escolar possibilita um espaço democrático de conhecimento e de postura tendente a assinalar um projeto de sociedade menos desigual e, num mercado de trabalho onde a exigência do ensino médio vai se impondo, a necessidade do ensino fundamental é uma verdadeira corrida contra um tempo de exclusão não mais tolerável.O EJA possui três funções primordiais: Reparadora,Qualificadora e Equalizadora.Reparadora porque pretende reparar um direito negado, o direito a educação de qualidade, onde pessoas sofrem e são menos favorecidas devido à falta de conhecimentos escolares, acreditando que o retorno ao sistema educacional possibilitara novas oportunidades na sociedade, com uma vida digna e com conhecimentos e igualdade de direitos.
O EJA e a educação escolar como meio imprescindível, mas não único, representam um caminho de aceleração no desenvolvimento do Brasil, que vem se arrastando com essa desigualdade social durante toda a história. A busca por uma sociedade menos desigual é uma das funções da escola democrática que também é um serviço público, por isso é um direito de todos e dever do estado que deve intervir nessa desigualdade com políticas públicas de valia a todos. Conforme o PARECER CNE/CEB 11/2000; “a função reparadora deve ser vista, ao mesmo tempo, como uma oportunidade concreta de presença de jovens e adultos na escola e uma alternativa viável em função das especificidades socioculturais destes segmentos para os quais se espera uma efetiva atuação das políticas sociais. É por isso que a EJA necessita ser pensada como um modelo pedagógico próprio a fim de criar situações pedagógicas e satisfazer necessidades de aprendizagem de jovens e adultos”

 A função equalizadora da EJA é a de dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais, como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras condições adversas, possui agora através do EJA o direito de restabelecer sua trajetória escolar,essa reparação ainda que tardia possibilita aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura dos canais de participação. Para tanto, são necessárias mais vagas para estes "novos" alunos e "novas" alunas, demandantes de uma nova oportunidade de equalização.
A EJA é possui também a função qualificadora, tarefa de propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida,dando ao jovem, adultos e idosos a possibilidade de retomar seus potenciais, desenvolver suas habilidades adquiridos na educação extraescolar e na própria vida, possibilitando um nível técnico e profissional mais qualificado. Nesta linha, a educação de jovens e adultos representa uma promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades, onde as novas gerações têm muito a aprender.
 O jovem retorna a EJA em uma busca de certificação o que teoricamente o colocaria no mercado de trabalho e teria o seu lugar na sociedade garantido, tendo com isso o resgate da autoestima e passando a ser visto como um cidadão comum, levando em consideração que o adulto já inserido no mundo do trabalho traz consigo uma história mais longa e acumula reflexões sobre o mundo externo.”

Fonte:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2380012/assignsubmission_file/submission_files/1894906/Trabalho%20da%20Eja.docx?forcedownload=


Tecnologia e minhas mudanças como docente e aprendiz

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Analisando hoje a presença dos meios de comunicação e principalmente das tecnologias e sua influência na educação, nos parece impossível que em um passado não muito distante vivíamos sem o acesso a todas essas informações. Conclui-se assim que hoje a aprendizagem seria totalmente prejudicada sem esses instrumentos. Os avanços tecnológicos tem provocado grande impacto nas instituições de ensino, mudanças em seu comportamento, passando da tranquilidade de um sistema educativo social conservador e estático, para um sistema educativo dinâmico, onde as mudanças no ambiente e na tecnologia obrigam os educadores a obter conhecimentos gerais e específicos para fazer frente à nova realidade.
A rapidez das mudanças tecnológicas do mundo hoje tem impactado a vida cotidiana de todos nós e na área da educação, as tecnologias abrem caminhos para experiências como a educação a distância,(como por exemplo essa oportunidade que estou tendo em cursar uma faculdade através das aulas do PEAD) a formação de comunidades de aprendizagem virtuais e a criação de inúmeros aplicativos, que buscam aumentar o interesse dos alunos pelas disciplinas, diversificar as aulas e reunir conhecimentos em diferentes plataformas.
É preciso entender que empregar a tecnologia em sala de aula não necessariamente implica em mais aprendizado para todos os alunos, as tecnologias podem impactar a melhoria da qualidade de educação dos alunos que já têm desenvolvidas as habilidades de leitura, escrita, cálculo e outras,  no entanto, para alunos com nível precário dessas habilidades e competências, o uso das tecnologias fica restrito essencialmente a redes sociais e entretenimento. Ou seja, Isso não quer dizer que devemos descartar o uso de tecnologias em sala de aula. Ignorar a tecnologia não faz sentido em um mundo no qual ela é parte do dia-a-dia de todos, desde as crianças aos jovens, adultos e idosos de todas as classes sociais. Por isso, devemos entender quais recursos tecnológicos podem ser ferramentas efetivas para apoiar e impactar resultados educacionais de forma ampla.

Quando iniciei minhas aulas no PEAD não posso negar a dificuldade que tive, e ainda tenho, em trabalhar com alguns programas, mas a atenção, cuidado e respeito dos professores fizeram toda a diferença nessa caminhada de aprendizado e descobertas, é neste aprendizado que quero firmar meus passos como docente, onde o respeito aos diferentes níveis de aprendizado com meus alunos, seja o principal e melhor caminho para mediar conhecimentos fazendo a diferença na vida de quem nos usa muitas vezes como referência.

Inovações tecnológicas e a educação


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https://www.moodlelivre.com.br/images/2016/noticias/maio_2016/e-learning_25-min.jpg
A interdisciplina “Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação", na atividade 1.1 referente ao vídeo: Helpdesk na Idade Média encontramos essas palavras que muito nos dizem sobre as tecnologias no âmbito escolar e suas transformações que muitas vezes nos passam despercebidas:
“Desde que ingressamos na vida escolar, desde pequenos, experimentamos e vivenciamos a utilização de diversas tecnologias. Dependendo da época - período histórico - que ingressamos, convivemos com tecnologias diversas das de quando crescemos.
Em cada época, novas tecnologias (como o livro na sátira do vídeo) provocam estranhamento e transformações de diversas ordens - cognitivas, afetivas, etc.
Quando pequenos, nem sempre percebemos as tecnologias que estão a nossa volta, justamente porque são objetos, artefatos, instrumentos, ferramentas, etc. de uso cotidiano, como se "sempre estiveram ali onde estão" e "sempre usadas da mesma forma pelas mesmas pessoas"”.

As inovações tecnológicas estão inseridas em nosso cotidiano, e na educação infantil não é diferente, nem poderia ser, pois o mundo hoje gira através da tecnologia e suas constantes mudanças. Quando observo meus alunos de idade entre 3 e 4 anos e sou remetida a poucas lembranças minhas nessa idade, percebo uma mudança de comportamento e conhecimento assustadora, ás vezes penso “não sou desse mundo”, por isso minha preocupação em adquirir e buscar novos conhecimentos, pois se não partir de nós professores a busca fica impossível acompanhar nossos alunos e auxiliar intermediando novos conhecimentos. Acredito que a maior dificuldade encontrada pelos professores não é apenas na metodologia de ensino a ser usada, mas as questões econômicas que afetam diretamente a distribuição das tecnologias, causando uma diferença nos aprendizados conforme a instituição que o aluno frequenta.Quando nos falta tecnologia propriamente dita é possível realizar trabalhos maravilhosos saindo do comodismo e criando e recriando com os ricos matérias disponíveis em nossas escolas.