sexta-feira, 29 de junho de 2018

Teoria de Wallon


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Iniciar os estudos sobre as teorias de Wallon é algo de muita valia para mim, pois como trabalho com Educação Infantil, por muitas vezes sou remetida a situações corriqueiras em sala de aula. Como diz o autor :“Uma educação comprometida com uma agenda reflexiva busca ampliar e resgatar os fundamentos da razão formativa, a saber: a humanização. Isso implica novos desafios para educação e para escola.”
Na concepção tradicional de ensino, a afetividade e as emoções sempre foram colocadas em segundo plano diante dos atributos cognitivos e racionais, já Wallon se refere ao homem em seu desenvolvimento como um ser geneticamente social e estuda a criança e a divisão entre o saber e o sentir na infância e suas implicações nas relações com o meio, defendendo em sua teoria a expressividade postural do sujeito como um “sinal” do que possivelmente pode estar gerando impacto em sua aprendizagem. Para tanto, partimos da hipótese de que a afetividade se constitui um elemento inseparável da inteligência no desenvolvimento do sujeito.
Grande valia a teoria de Wallon trás para a formação docente e o papel do professor na formação e na aprendizagem dos alunos. A Afetividade e a cognição são elementos segundo o autor inseparáveis  na formação psíquica do ser humano, uma vez que ambos participam de seu processo de desenvolvimento, por isso da importância de entender essa teoria para melhor compreendermos o dia a dia das relações escolares.
De acordo com a teoria de Wallon, tanto a afetividade como a cognição, nascem de bases orgânicas, obtendo multiplicidade na relação com o meio, ou seja, o desenvolvimento caminha organicamente e socialmente. Para ele, a afetividade e a cognição sempre estarão em movimento, oscilando diante das aprendizagens que o sujeito inserir no decorrer de sua vida. Nesse modo de ver, ambas estão interligadas de tal maneira que essa relação interfere e determina o desenvolvimento da inteligência e a formação psíquica de um sujeito na infância. Portanto, é nesse sentido que a obra Walloniana afirma que a emoção se entrelaça com a afetividade e a inteligência e passa a ser desta forma, também, e essencialmente, um fator significativo na convivência do sujeito, se tornando assim um elemento fundamental de compreensão para a formação de educadores. Conforme cita:
“[...] a emoção estabelece, pois, as bases da inteligência; se identifica com o seu desenvolvimento próximo, a afetividade, surge como condições para toda e qualquer intervenção sobre aquela. Nesse sentido, o autor caracteriza a emoção como fator principal para o desenvolvimento da criança, bem como para a formação do indivíduo e sua personalidade em meio a seu meio social. A emoção, segundo Dantas (1992, p. 85) é simultaneamente social e biológica em sua natureza, pois realiza a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é, social.”
Nesse sentido, pensar e refletir a Educação, conforme as contribuições da teoria de Wallon,significa superar uma visão fragmentada acerca das contradições existentes no sistema educacional atual que, por sua vez, insistem em classificar separadamente o saber e sentir no processo de desenvolvimento de um sujeito. Sendo que uma vez identificadas tais contradições por nós professores nos permite perceber que o processo educativo deve formar pessoas respeitando seu desenvolvimento e suas emoções.

Referências:
https://image.slidesharecdn.com/henriwallon-apresentao-110510091433-phpapp02/95/henri-wallon-e-sua-teoria-7-728.jpg?cb=1305360030



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