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Este trabalho que segue foi
uma proposta de trabalho em grupo, onde foi abordado conceitos, funções,
história e desafios do EJA, o resultado foi de muito aprendizado, descobertas e
reflexões:
“A EJA surgiu a partir de
iniciativas pontuais na tentativa de solucionar os problemas decorrentes do analfabetismo
e falta de qualificação da mão de obra necessária ao modo de produção em cada
época da história de nosso país, além de ser uma educação compensatória,
supletiva e emergencial. Conforme o parecer CNE/CEB 11/2000, as
teleconferências e audiências com a presença de representantes do MEC, foram
fundamentais para pensar e repensar os principais tópicos da estrutura do
mesmo.
As sugestões, as críticas e
as propostas foram abundantes e cobriram desde aspectos pontuais até os de
fundamentação teórica, além de muito apoio solidário de inúmeros fóruns
compromissados com a EJA e de muitos interessados que, por meio de cartas,
ofícios e outros meios, quiseram construir com a relatoria um texto que, a
múltiplas mãos, respondesse à dignidade do assunto tendo em vista que que o
acesso a formas de expressão e de linguagem baseadas na microeletrônica são
indispensáveis para uma cidadania contemporânea e até mesmo para o mercado de
trabalho em um país historicamente marcado pelo oficial X real, Casa Grande X Senzala,
tradicional X moderno, capital X interior, urbano X rural, cosmopolita X
provinciano, litoral X sertão, alfabetizados X analfabetos, letrados X
iletrados, onde também a habilidade de leitura e escrita ainda não são
universalizadas. Além disso, as condições sociais adversas e as sequelas de um
passado ainda mais perverso se associam a inadequados fatores administrativos
de planejamento e dimensões qualitativas internas à escolarização e, nesta
medida, condicionam o sucesso de muitos alunos e, por isso, ainda temos muitos
alunos que levam mais que nove anos (tempo mínimo) para concluir o ensino
fundamental.
A EJA é uma medida que visa,
entre outros aspectos, diminuir a taxa de distorção idade série. A educação
escolar possibilita um espaço democrático de conhecimento e de postura tendente
a assinalar um projeto de sociedade menos desigual e, num mercado de trabalho
onde a exigência do ensino médio vai se impondo, a necessidade do ensino
fundamental é uma verdadeira corrida contra um tempo de exclusão não mais
tolerável.O EJA possui três funções
primordiais: Reparadora,Qualificadora
e Equalizadora.Reparadora porque
pretende reparar um direito negado, o direito a educação de qualidade, onde pessoas
sofrem e são menos favorecidas devido à falta de conhecimentos escolares,
acreditando que o retorno ao sistema educacional possibilitara novas
oportunidades na sociedade, com uma vida digna e com conhecimentos e igualdade
de direitos.
O EJA e a educação
escolar como meio imprescindível, mas não único, representam um caminho de aceleração no desenvolvimento do Brasil, que vem se arrastando com
essa desigualdade social durante toda a história. A busca por uma sociedade
menos desigual é uma das funções da escola democrática que também é um serviço
público, por isso é um direito de todos e dever do estado que deve intervir
nessa desigualdade com políticas públicas de valia a todos. Conforme o PARECER
CNE/CEB 11/2000; “a função reparadora deve ser
vista, ao mesmo tempo, como uma oportunidade concreta de presença de jovens e
adultos na escola e uma alternativa viável em função das especificidades
socioculturais destes segmentos para os quais se espera uma efetiva atuação das
políticas sociais. É por isso que a EJA necessita ser pensada como um modelo
pedagógico próprio a fim de criar situações pedagógicas e satisfazer
necessidades de aprendizagem de jovens e adultos”
A função equalizadora
da EJA é a de dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos
sociais, como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A reentrada
no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela
repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou
outras condições adversas, possui agora através do EJA o direito de
restabelecer sua trajetória escolar,essa reparação ainda que tardia possibilita
aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos
espaços da estética e na abertura dos canais de participação. Para tanto, são
necessárias mais vagas para estes "novos" alunos e "novas"
alunas, demandantes de uma nova oportunidade de equalização.
A
EJA é possui também a função qualificadora,
tarefa de propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a
vida,dando ao jovem, adultos e idosos a possibilidade de retomar seus
potenciais, desenvolver suas habilidades adquiridos na educação extraescolar e
na própria vida, possibilitando um nível técnico e profissional mais
qualificado. Nesta linha, a educação de jovens e adultos representa uma
promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de
todas as idades, onde as novas gerações têm muito a aprender.
O jovem retorna a EJA em uma busca de
certificação o que teoricamente o colocaria no mercado de trabalho e teria o
seu lugar na sociedade garantido, tendo com isso o resgate da autoestima e
passando a ser visto como um cidadão comum, levando em consideração que o
adulto já inserido no mundo do trabalho traz consigo uma história mais longa e
acumula reflexões sobre o mundo externo.”
Fonte:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2380012/assignsubmission_file/submission_files/1894906/Trabalho%20da%20Eja.docx?forcedownload=
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