quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A sombra desta mangueira


 Resultado de imagem para imagens de diálogo entre professor e aluno
Segundo Paulo Freire no texto dialogicidade do livro "A sobra desta mangueira", a dialogicidade não pode ser entendida como instrumento usado pelo educador em coerência com sua opção política. A dialogicidade é uma exigência da natureza humana e também um reclamo da opção democrática do educador. Não há comunicação sem diálogo e a comunicação é fator fundamental na vida e no ambiente escolar. O diálogo enquanto princípio metodológico não é uma mera conversa, mas na verdade é peça chave para o entendimento de certas questões.
A experiência dialógica é fundamental para a construção da curiosidade epistemológica. Ambas são construtivas onde a postura crítica que o dialogo implica e a sua preocupação em aprender é a razão do ser do objeto que medeia os sujeitos dialógicos.
Paulo Freire preocupa-se com o fato da crescente distância entre a prática educativa  e o exercício da curiosidade epistemológica, pois teme que a curiosidade alcançada por uma pratica educativa reduzida à pura técnica seja uma curiosidade castrada, a qual não ultrapassa uma posição cientifica diante do mundo, pois segundo ele treinar pessoas para que se adaptem a sua realidade sem protestar é mais fácil, pois protestos agitam, tecem verdades, desassossegam e se movem contra a ordem, contra o silêncio necessário que a produz.
A sombra desta mangueira ressalta ainda que a finitude que somos conscientes e que nos faz seres inseridos na busca de ser mais é ao mesmo tempo vocação e risco de perder o endereço, ou seja a nossa identidade. 

Sendo assim cabe a nós enquanto educadores a responsabilidade na luta ética por uma sociedade mais dialógica, sem medo das consequências, uma luta diária baseada na liberdade, na aceitação do outro e de suas opiniões, nas conquistas, ou seja precisamos aprender a ser e aprender a conviver com respeito e dignidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário