segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Literatura infantil


Essa postagem do meu blog de julho de 2016 registrou a importância da literatura infantil, algo que moveu minhas aulas durante o estágio e que continuará fazendo parte do mundo encantado das crianças, onde registrei:

“Poderíamos resumir a importância da literatura infantil no fato de que estudos já comprovaram o quanto ela contribui para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.  
    Acredito ser de estrema importância que nós professores introduzamos na prática pedagógica a literatura infantil, e que a mesma disponha de informação que venha a contribuir para o desenvolvimento da criança, estimulando o aluno a buscar diferentes caminhos para as resoluções de problemas.
     Se levarmos em conta que a escola tem como um de seus papéis fundamentais a formação da personalidade da criança, a literatura é de extrema importância para auxiliar nessa construção, pois nela a criança ocupa o espaço privilegiado de acesso a leitura
     É através da literatura que a criança desperta uma nova relação com diferentes sentimentos e visões de mundo. Dialogando sobre esse assunto Bettelheim (1980) afirma que a criança desenvolve por meio da literatura, o potencial crítico e reflexivo. Afirma que a partir do contato com um texto literário de qualidade, a criança é capaz de refletir, indagar, questionar, escutar outras opiniões, articular e reformular seu pensamento.
     Na educação infantil, que é minha área de atuação percebo que para as crianças, a literatura é tudo na sua vida, pois é através dela que demonstram a sua realidade em forma de fantasia, através dos desenhos, das brincadeiras, das histórias, das músicas.
Foram muitas as histórias contadas e muitas reflexões feitas onde o aprendizado é algo que fui construindo junto com meus alunos, onde planejamentos foram mudados e adaptados para melhor aproveitamento como essa observação realizada durante o meu estágio que se referiu ao comportamento das crianças perante a recontagem da história do quero-quero, visto que a primeira contagem foi feita com todas as turmas juntas onde usei fantoches para a contagem, mas estavam agitados e não foi possível prender a atenção , na segunda recontei usando apenas as imagens do pássaro e fazendo referências a vida e atitudes das crianças em relação aos colegas, família e professores, trazer a história para a realidade deles facilitou o entendimento.
Segundo momento que foi encantador envolvendo a literatura infantil foi a contação da história da “Cinderela”, onde por sugestão da profe Gládis, esse momento foi usado para montagem do mural do ajudante do dia, onde os acessórios que serão usados para identificar os ajudantes serão escolhidos pelas próprias crianças, a contação foi realizada por mim vestida de fada, essas vestes também encantaram os pequenos, conforme Abramovich “Chegaram ao seu coração e à sua mente, na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de conta. (ABRAMOVICH, 1997, p. 37).”
            As contribuições da contação de histórias para o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil são visíveis e de grande valia, pois representam indicadores efetivos para situações desafiadoras para nós professores e também para as crianças, assim como fortalecem vínculos sociais, educativos e afetivos, Rodrigues afirma:
 “A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).”
Fazer uso dessa ferramenta para o desenvolvimento das crianças é um dos objetivos do projeto, despertando pequenos leitores e estimulando para o mundo da imaginação, a criatividade, a oralidade e contribui para a formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Este momento também trouxe para mim e minha turma um clima de cumplicidade, transformando a contação em um importante recurso na formação de futuros leitores.

Referências:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 2005.


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