segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

aprendizagem não é só para aluno


A postagem a segui é de outubro de 2016:

 “O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, ... “Um tempo para se pensar juntos, para decidir, coletivamente, o que fazer, como fazer, porque fazer [...] Um tempo [...], que podia ‘ser tempo de criação’ e não o que se vivia nos últimos anos [...] tempo de repetição” (SAMPAIO, 2002, p.190).”
     “O que precisamos como professores é pensar nas atividade como continuidade e não como uma repetição, as atividades precisam ser vistas como um momento de construção de saberes, tanto por nós professores como pelos alunos. Para que o tempo em sala de aula seja melhor aproveitado, além do planejamento é de suma importância a troca de experiências e conhecimentos entre os professores,  entre professores e alunos, entre família e escola com processos pedagógicos de mais qualidade.
    Percebo na educação infantil, e acredito que seja assim em todas as áreas da educação,a importância da relação entre professor e aluno no processo de aprendizagem, sendo essa uma relação de amizade, de troca de solidariedade e de saberes, pois a escola hoje é um espaço onde se constroem relações humanas, e esta é a mola para despertar o desejo de aprender, a vontade de estar no âmbito escolar e fazer parte dele.” 
Essa postagem veio ao encontro da reflexão feita por mim na última semana de estágio onde relatei:  
    “ Esta última semana me trouxe reflexões além das atividades propostas com as crianças, me fez refletir nas obrigações que os professores possuem com a parte burocrática da educação, como avaliações e projetos e o quanto isso necessita ser feito de maneira excelente por ser essa a forma em que vamos conduzir o ensino e o aprendizado das nossas criança, não se pode fazer simplesmente para agradar a coordenadora pedagógica e preciso que se faça pensando nas crianças e no que elas esperam de nós.
     Quando planejamos estamos investigando, questionando, fazendo mudanças e tirando dúvidas para alcançar os objetivos esperados, mas muito importante é haver flexibilidade no que planejamos, pois sempre somos surpreendidos com algum fato ou um tema que surge no momento e isso pode enriquecer nossas aulas de acordo com as necessidades ou interesses dos alunos.
     Crianças dificilmente conseguem se concentrar por muito tempo em uma mesma atividade por isso a necessidade de variações e estímulos para que o aprendizado ocorra de maneira mais eficaz, porém a afetividade, amor e atenção são de extremo valor, pois como a idade é pouca e passam muito tempo no âmbito escolar sentem necessidade de aconchego da parte dos professores, e esse cuidado especial é sinal de respeito aos seus diferentes sentimentos, conforme cita Ostetto em uma partilha sobre experiências de estágio:
Não adianta um “planejamento bem planejado”, se o educador não constrói uma relação de respeito e afetividade com as crianças; se ele toma as atividades previstas como momentos didáticos, formais, burocráticos; se ele apenas age e atua, mas não interage/partilha da aventura que é a construção do conhecimento para o ser humano(OSTETTO,1994,p.190).
     Nesta última semana observando os alunos enquanto brincavam comecei a ver o quanto suas marcas são pessoais em minha vida, cada um em sua singularidade muito me ensinou, alguns por falar muito e por sua espontaneidade, outros em seu silêncio e seu olhar de surpresa, desconfiança e por muitas vezes carregado de alegria e gratidão e espero que eles também tenham me visto dessa maneira, pois carrego um espírito de criança que me identifica com a Educação infantil, que me fez por muitas vezes brincar intensamente e me divertir de maneira única, nas histórias infantis imaginei junto com eles e fiz viagens onde a fantasia e os sonhos nos fizeram passear por diferentes mundos onde tudo é possível, onde tudo é real, onde a felicidade existe”
         Acredito porém que para fazer a diferença na educação é necessário sair do comodismo e amar o que faz e a quem faz.
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Fonte:
OSTETTO, Esmeralda Luciana. Encontro e encantamentos na Educação infantil:Partilhando experiências de estagio. Campinas, Papirus.1994

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