A postagem a segui é de
outubro de 2016:
“O desafio é constituirmos a escola
num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria
viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de
aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, ... “Um tempo para se
pensar juntos, para decidir, coletivamente, o que fazer, como fazer, porque
fazer [...] Um tempo [...], que podia ‘ser tempo de criação’ e não o que se
vivia nos últimos anos [...] tempo de repetição” (SAMPAIO, 2002, p.190).”
“O que precisamos como professores é
pensar nas atividade como continuidade e não como uma repetição, as atividades
precisam ser vistas como um momento de construção de saberes, tanto por nós
professores como pelos alunos. Para que o tempo em sala de aula seja melhor aproveitado,
além do planejamento é de suma importância a troca de experiências e
conhecimentos entre os professores, entre professores e alunos, entre
família e escola com processos pedagógicos de mais qualidade.
Percebo na educação infantil, e acredito que seja
assim em todas as áreas da educação,a importância da relação entre professor e
aluno no processo de aprendizagem, sendo essa uma relação de amizade, de troca
de solidariedade e de saberes, pois a escola hoje é um espaço onde se constroem
relações humanas, e esta é a mola para despertar o desejo de aprender, a
vontade de estar no âmbito escolar e fazer parte dele.”
Essa postagem veio ao encontro da reflexão feita por mim na
última semana de estágio onde relatei:
“ Esta última semana me trouxe
reflexões além das atividades propostas com as crianças, me fez refletir nas
obrigações que os professores possuem com a parte burocrática da educação, como
avaliações e projetos e o quanto isso necessita ser feito de maneira excelente
por ser essa a forma em que vamos conduzir o ensino e o aprendizado das nossas
criança, não se pode fazer simplesmente para agradar a coordenadora pedagógica
e preciso que se faça pensando nas crianças e no que elas esperam de nós.
Quando planejamos estamos
investigando, questionando, fazendo mudanças e tirando dúvidas para alcançar os
objetivos esperados, mas muito importante é haver flexibilidade no que
planejamos, pois sempre somos surpreendidos com algum fato ou um tema que surge
no momento e isso pode enriquecer nossas aulas de acordo com as necessidades ou
interesses dos alunos.
Crianças dificilmente conseguem se
concentrar por muito tempo em uma mesma atividade por isso a necessidade de
variações e estímulos para que o aprendizado ocorra de maneira mais eficaz,
porém a afetividade, amor e atenção são de extremo valor, pois como a idade é
pouca e passam muito tempo no âmbito escolar sentem necessidade de aconchego da
parte dos professores, e esse cuidado especial é sinal de respeito aos seus
diferentes sentimentos, conforme cita Ostetto em uma partilha sobre
experiências de estágio:
“Não adianta um “planejamento bem planejado”, se o educador não
constrói uma relação de respeito e afetividade com as crianças; se ele toma as
atividades previstas como momentos didáticos, formais, burocráticos; se ele
apenas age e atua, mas não interage/partilha da aventura que é a construção do
conhecimento para o ser humano(OSTETTO,1994,p.190).”
Nesta última semana observando os
alunos enquanto brincavam comecei a ver o quanto suas marcas são pessoais em
minha vida, cada um em sua singularidade muito me ensinou, alguns por falar
muito e por sua espontaneidade, outros em seu silêncio e seu olhar de surpresa,
desconfiança e por muitas vezes carregado de alegria e gratidão e espero que
eles também tenham me visto dessa maneira, pois carrego um espírito de criança
que me identifica com a Educação infantil, que me fez por muitas vezes brincar
intensamente e me divertir de maneira única, nas histórias infantis imaginei
junto com eles e fiz viagens onde a fantasia e os sonhos nos fizeram passear
por diferentes mundos onde tudo é possível, onde tudo é real, onde a felicidade
existe”
Acredito porém que para fazer a diferença na educação é
necessário sair do comodismo e amar o que faz e a quem faz.
.
Fonte:
OSTETTO,
Esmeralda Luciana. Encontro e encantamentos na Educação infantil:Partilhando
experiências de estagio. Campinas, Papirus.1994
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