Na postagem
de junho de 2018 onde registro sobre a teoria de Wallon, relato sobre dar
espaço as emoções das crianças, para Wallon
a afetividade e a cognição sempre estarão em movimento, oscilando diante
das aprendizagens que o sujeito inserir no decorrer de sua vida. Nesse modo de
ver, ambas estão interligadas de tal maneira que essa relação interfere e
determina o desenvolvimento da inteligência e a formação psíquica de um sujeito
na infância. Portanto, é nesse sentido que a obra Walloniana afirma que a
emoção se entrelaça com a afetividade e a inteligência e passa a ser desta
forma, também, e essencialmente, um fator significativo na convivência do
sujeito, se tornando assim um elemento fundamental de compreensão para a
formação de educadores. Conforme cita:
“[...] a emoção
estabelece, pois, as bases da inteligência; se identifica com o seu desenvolvimento
próximo, a afetividade, surge como condições para toda e qualquer intervenção
sobre aquela. Nesse sentido, o autor caracteriza a emoção como fator principal
para o desenvolvimento da criança, bem como para a formação do indivíduo e sua
personalidade em meio a seu meio social. A emoção, segundo Dantas (1992, p. 85)
é simultaneamente social e biológica em sua natureza, pois realiza a transição
entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode
ser atingida através da mediação cultural, isto é, social.”
Perante essas afirmações
novamente sou remetida as reflexões feitas durante meu estágio e durante as
pesquisas realizadas no trabalho de conclusão do curso onde mostro as
dificuldades que as crianças que sofrem
com descaso da família e da própria escola quando se refere ao aprendizado e ao
convívio em grupo. A contação de histórias é uma das maneiras que nós
professores podemos usar para ajudar as crianças na solução de seus problemas, partindo desses pressupostos,
podemos elencar que as histórias trabalham problemas existenciais típicos da
infância, como medos, sentimentos de bondade, solidariedade, cooperação,
tristeza e de carinho, curiosidade, dor, perda e vitórias, além de ensinarem
infinitos assuntos. Ressalta-se que a criança aprende brincando em um
mundo de imaginação, sonhos e fantasias. Sendo assim, é através de experiências
felizes com as histórias, contos e clássicos infantis que a criança tem a
possibilidade de interagir com diversos textos trabalhados, possibilitando o
entendimento do mundo em que vivem, bem como a construção de seu próprio
conhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário