Este é o projeto da escola onde atuo desenvolvido no ano de 2017
ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL UM PEDACINHO DE CÉU
DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: BUSCANDO UM NOVO OLHAR SOBRE AS
DIFERENÇAS
RESUMO
Analisando o
cenário atual da Educação Infantil brasileira, nota-se que o trabalho
relacionado às diversidades se torna primordial para a qualidade do ensino. As
crianças possuem diferenças de temperamento, atitudes, credo religioso, gênero,
etnia, características físicas, habilidades e de conhecimentos, por isso,
deve-se criar situações de aprendizagem em que a questão da diversidade seja
abordada nessas instituições. Dessa forma, é importante desenvolver projetos com o objetivo de
discutir as questões relacionadas às diferenças visando a resolução de conflitos
vivenciados em sala de aula. A EMEI Um Pedacinho de Céu conta atualmente com 56
crianças, 04 professoras, 03 operárias, 02 CIEES e 13 Atendentes de Creche.
Para o desenvolvimento deste projeto serão desenvolvidas atividades como: Rodas
de conversas, Histórias, Poesia, Desenhos, Músicas, Sessão de Fotos, Sessão
Historiadas, Espelho Mágico...
INTRODUÇÃO
Nota-se que as
diversidades existem e que é necessário abordar este tema em todas as
instâncias iniciando-se na Educação Infantil. Ao perceber que as crianças
possuem diversidades de temperamento, atitudes, credos, características
físicas...deve-se criar situações de aprendizagem em que a questão da diversidade seja abordada
nessas instituições (BRASIL, 1998). Segundo os Referenciais Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil para que seja incorporada pelas crianças, a
atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa
estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na instituição
(BRASIL, 1998, p.41).
Mas, o que é
ser diferente? Para Brandão (1986 apud GUSMÃO, 2000, p. 12) o diferente e a
diferença são partes da descoberta de um sentimento que, armado pelos símbolos
da cultura, nos diz que nem tudo é o que eu sou e nem todos são como eu sou. Os
alunos tem diferentes origens e histórias de vida, portanto, não podemos negar
essas diferenças que os tornam seres humanos concretos, sujeitos sociais e
históricos (GUSMÃO, 2000). Acreditamos que tratar as crianças com igualdade é
saber respeitar as suas diferenças. A autora acrescenta que a pluralidade
cultural de grupos étnicos, sociais ou culturais necessita ser pensada como
matéria-prima da aprendizagem, porém nunca como conteúdo de dias especiais,
datas comemorativas ou momentos determinados em sala de aula (GUSMÃO, 2000, p.
19). Nesse sentido, o grande desafio da educação é estabelecer um processo de
aprendizagem baseado na comunicação e na troca visando eliminar práticas de
discriminação e de exclusão presentes no contexto social (GUSMÃO, 2000). As
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil confirmam a proposta
apresentada pelo Referencial Curricular e apontam que o trabalho pedagógico
realizado dentro das instituições de Educação Infantil devem assegurar a
dignidade da criança como pessoa humana e a proteção contra qualquer forma de
violência física ou simbólica e negligência (BRASIL, 2010, p.21). Essas
Diretrizes concebem a criança como sujeito histórico e de direitos que, nas
interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua
identidade pessoal e coletiva (BRASIL, 2010, p.12). Por isso, é necessário
tirar a diversidade do papel e incluir no dia-a-dia das instituições de ensino,
principalmente na Educação Infantil que é um ambiente adequado para a formação
dos valores humanos das crianças pequenas (BARBOSA, 2009).
O presente projeto será realizado na Escola para
que as crianças aprendam a se respeitar. Iniciaremos o
projeto Trabalhando a diversidade na Educação Infantil: um novo olhar sobre as
diferenças com o objetivo de discutir as questões relacionadas as diferenças
visando uma melhor convivência entre todos os envolvidos.
OBJETIVO
Contribuir com a formação
moral da criança. A educação do espírito e da mente para o bem envolve diversos
aspectos, envolvendo regras e preceitos o que se deve e o que não se deve fazer
no convívio com o outro. Envolve a prática reiterada dos bons hábitos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Propiciar o desenvolvimento de virtudes
indispensáveis à formação humana;
·
Intensificar o trabalho de valores, consciente
do papel social da escola, de modo a oportunizar as reflexões e atitudes que
visam ao bem-estar dos cidadãos e o fortalecimento da autonomia dos homens.
·
Discutir questões relacionadas com as diferenças
visando a resolução destes conflitos.
·
Desenvolver o pensamento reflexivo
·
Desenvolver o Respeito pelos seus semelhantes.
·
Ressaltar a importância dos valores humanos com
atitudes positivas.
ATIVIDADES PROPOSTAS DURANTE O ANO:
Para o
desenvolvimento da prática serão realizadas as seguintes atividades:
Roda
de Conversa: com o tema “do que você
não gosta de ser chamado?”
Espelho Mágico: Caixa de papel embalada com presente bem
bonita e no fundo um espelho. Levaremos
para a sala de aula e mostraremos para as crianças essa caixa. Diremos que é um presente que a
fada trouxe para a turma e que dentro dela há uma surpresa. Então, uma criança
de cada vez será chamada para olhar dentro da caixa, porém ela não pode contar
para ninguém o que viu. No final da atividade será feito um questionamento sobre
o que elas viram se gostaram....
Desenho do Amigo: Todos os dias, ao chegar à escola,
será sorteado o nome do amigo que será desenhado pela turma. A criança
sorteada, ficará na frente da sala, para que todos possam observar as suas
características.
Poesia: Confecção de um cartaz com a Poesia de Ruth Rocha “Pessoas
são Diferentes”
“Pessoas são Diferentes” (Ruth Rocha)
São duas crianças lindas, Mas são muito
diferentes!
Uma é toda desdentada, A outra é cheia de dentes.
Uma anda descabelada, A outra é cheia de pentes!
Uma delas
usa óculos, E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados, A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos, A outra corta eles rentes.
Não queira
que sejam iguais, Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas, Mas são muito
diferentes!
História Peixinho de Chocolate : Confeccionaremos
uma caixa de histórias utilizando E.V.A e palitos de sorvetes. A história serái
contada às crianças e, em seguida, conversaremos com a turma sobre o que elas
acharam da história e questionaremos se
na escola, todas as crianças são iguais? Para registrar a história faremos
a dobradura de peixinhos formando o fundo do mar.
O PEIXINHO DE CHOCOLATE
Mamãe
Peixinha ficou grávida no dia das mães. Papai Peixão, muito feliz, comemorou
contando para todos os peixes do mar a grande novidade! Mamãe Peixinha, toda
vaidosa, começou a cuidar-se, pois é da família dos peixes mais belos dos
mares, ou seja, os lindos peixes-borboletas que são listrados e bem coloridos.
Papai Peixão procurou a Baleia-Azul, considerada a rainha dos mares, para
anunciar o nascimento. Preocupado em dar a notícia rapidamente, ela pediu ajuda
ao Peixe-Voador. Assim, a notícia espalhou-se por todos os mares. Durante a
gravidez, Papai Peixão cercou Mamãe Peixinha de todos os cuidados. Ele não
permitiu que sua querida esposa fosse passear em lugares distantes. Além disto,
deixou-a resguardada pelo Peixe-Leão. Uma grande festa, que aconteceria depois
do nascimento do peixinho, já tinha sido programada. Todos os peixes do mar
iriam participar. Por exemplo, o Golfinho faria uma apresentação de saltos; a
Baleia bailaria, jorrando água; o Peixinho- Lanterna iluminaria o mar, formando
um enorme contraste de cores. Chegada a hora do nascimento, Papai Peixão,
solicitou a presença do seu amigo Polvo, pois sua força seria sinônimo de
energia e segurança. Mamãe Peixinha preparou-se para o nascimento do primeiro
peixinho da família. Papai Peixão esperava, ansiosamente, ao lado do
Cavalo-Marinho que sempre ficava tentando acalmá-lo. - Nasceu! - silvou a
Baleia que soltou água para todos os lados, como havia combinado. - Oh! Que
maravilhosa surpresa! O peixinho é marrom e tem também sabor! - disse o
Golfinho ao dar-lhe um carinhoso beijinho. A notícia espalhou-se, rapidamente,
por todos os mares. Em pouco tempo, vieram peixes de vários lugares, não só
para ver, mas também para tocar e sentir um gostinho agradável de chocolate.
Papai Peixão tentou consolá-la, mas a sua esposa só ficou aliviada quando
chegou o sábio Salmão que lhe disse: - Dona Mamãe Peixinha, no mar todos os
peixes têm direitos iguais, mesmo sendo de cores diferentes. É também dever de
todos os peixinhos respeitar uns aos outros. Mamãe Peixinha, mais tranquila,
fez a seguinte pergunta: - E agora, o que fazer? Todos os peixes do mar
responderam: - Deixe-o viver solto e feliz, pois é um peixinho diferente, mas é
extremamente lindo. Além disso, todos que se aproximarem dele e tocarem-no,
sentirão, num primeiro momento, o gostinho de chocolate que emana de seu
corpinho. Depois que travarem laços de amizade, perceberão que a sua alma,
também é doce como o chocolate! Assim, o Peixinho de Chocolate passou a
conviver harmoniosamente com todos os peixes do mar!
Sessão de
Fotos: Com o intuito de ressaltar a beleza de cada criança, organizaremos uma
sessão de fotos. As meninas arrumarão o cabelo e serão maquiadas. Os meninos
receberão acessórios como bonés e óculos escuros. Para finalizar, as fotos serão
gravadas em um DVD e colocadas na televisão para que as crianças possam ver o
resultado final.
·
Montar barracas de TNT na sala para contação de
histórias ( A fantasia toma conta e tudo é possível...);
·
Histórias: Uma Joaninha Diferente, Ninguém é
igual a ninguém, O Menino Marrom, Diversidade, Na minha escola todo mundo é
igual, Menina bonita do laço de fita, Bruna e a Galinha de Angola, A Colcha de
Retalhos, O Pássaro sem Cor, Apelido não tem cola, o Cabelo de Lelê, Não tem
dois Iguais, Minha irmã é diferente, o menino que via com as mãos...
·
Trabalhos com impressão digital ( se você
colocar tinta no dedo e pressioná-lo, fará uma marca, ninguém mais no mundo
inteiro pode ter a mesma impressão digital);
·
Trabalhos com argila e com massa de modelar;
·
Confecção de peteca com palha de milho ou
jornal;
·
Brincadeiras de Roda (etnias indígenas);
·
Dança das cadeiras;
·
Brincadeiras com balões;
·
Pintura do rosto das crianças;
·
Dobraduras;
OBSERVAÇÃO: Durante o
ano serão planejadas atividades de
acordo com algumas datas comemorativas e também de acordo com a faixa etária
das crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS O principal objetivo desse trabalho é mostrar
que não somos iguais e que devemos respeitar uns aos outros e quanto é
importante trabalhar as diferenças ainda enquanto as crianças são pequenas,
pois devemos estabelecer relações solidárias e de equidade entre os sujeitos
diferentes.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria C. S. Praticar uma educação para a
diversidade no dia-a-dia da escola de educação infantil. In: FRANCISCO, Denise
A.; MENEZES, Mireila S. Reflexões sobre as práticas pedagógicas. Novo Hamburgo:
Feevale;
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Brasília: MEC, SEB, BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de
Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF, v. 2;
GUSMÃO, Neusa M. M. Desafios da Diversidade na
Escola. Revista Mediações, Londrina, v.5, n.2, p.9-28, jul/dez, 2000.
OBSERVAÇÃO: Como nossa Escola está sendo vista como uma “Escola
velha” , gostaríamos de mudar esta visão e de torná-la uma Escola popular,
agradável, que os pais sentissem prazer em deixar seus filhos. Para tanto
faremos atividades para darmos um “up” na Escola e a tornarmos mais conhecida e
popular.
Sabemos que para que aconteça a aprendizagem na escola e haja um
clima de respeito e segurança no ambiente alguns cuidados são necessários. Tudo deve estar na mais perfeita ordem para que o
aluno sinta-se valorizado e encontre no ambiente escolar a esperança de uma
vida melhor, desde quem recebe o aluno no portão, até as instalações da sala de
aula e outras dependências da instituição.
O preparo do ambiente escolar, tornando-o
acolhedor, agradável e bonito aos olhos de todos, é uma das ações que devem sempre estar presentes diariamente,
pois muitas escolas se encontram em estado físico tão destruído e mal cuidado
que os alunos não sentem atração alguma pela mesma.
Imagine-se no lugar desses alunos, chegando a uma escola
com carteiras quebradas, pintura descascada, pouca iluminação, goteiras, dentre
outros tantos pequenos problemas. Será que teria disposição e motivação para
passar às vezes até doze horas do seu dia num local assim? Quais os valores da
educação, se não se pode estudar numa escola bem cuidada, limpa e bonita?
A aparência física da escola é importante para o
aluno, pois esses cuidados demonstram que os envolvidos no processo educativo
se preocupam em manter um clima de respeito aos alunos. Em se tratando de
escolas públicas, a depredação deve ser trabalhada com a comunidade. As pessoas
precisam aprender que o público é algo de todos e, portanto, para o bem-estar
das pessoas que moram naquela região. Se eles mesmos são tratados com
desrespeito, com prédios mal cuidados e sem estrutura, sentirão que aquela
escola não promove uma educação de qualidade. Afinal, uma coisa está
relacionada com a outra, é a pura questão da motivação, por isso estamos pensando em fazer um trabalho com a
comunidade, principalmente os pais da Escola em relação a imagem da Escola.
Partindo de uma amostra de fotos da Escola fazer
uma divulgação ampla na comunidade e trabalhar o Projeto da Escola voltado
também à comunidade.