“Nosso ofício carrega uma
longa memória...
Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros
contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o
maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso
primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as
primeiras aprendizagens. [...] Repetimos traços de nossos
mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta
especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a
pensar em algumas marcas
que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes
que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam (Miguel
Arroyo,Ofício de Mestre , 2002, p.124).”
Fonte: Revista
Pátio, Ano I, n° 4, fev./abri. 1998.
Refletir
sobre as marcas que as práticas pedagógicas deixaram em nossas vidas e as que
queremos deixar na vida dos que passam por nós é algo muito além do que os
currículos escolares nos oferecem, é entender, apoiar, valorizar e se colocar
no lugar do outro, no lugar das crianças que por muitas vezes vêem em nós o
exemplo e a referência para suas vidas.
A sala de aula é um dos espaços privilegiados, onde o
conhecimento é construído, compartilhado e reconstruído. Os vínculos
estabelecidos entre professor e aluno são muito fortes para o desenvolvimento
pessoal e intelectual do aluno. A sala de aula é uma grande rede de interações
sociais. E, para que essa organização funcione como instrumento de
aprendizagem, é muito importante que haja uma boa comunicação entre o professor
e os alunos, onde cabe a nós professores conhecermos nossos alunos, e
antes de conhecer, primeiramente devemos gostar de nossos alunos, gostar do
nosso ofício. Ensinar não deve ser meramente uma profissão e sim uma vocação,
do qual o professor se orgulhe do que faz. A didática parte do espírito do
professor. O método da didática define o aprendizado do aluno, pois a educação
é intencional. Deste modo, o professor deixa sempre uma marca ao aluno.
Na
educação infantil, minha área de atuação, assim como em qualquer ambiente
escolar é preciso criar um vínculo com as
crianças, usando a criatividade, a amizade,
e os dons para conquistar o aluno. Cada aluno não é mais um número na sala de
aula, mas um ser humano abrangente, como necessidades particulares. O professor
possui sensibilidade para falar ao coração dos seus alunos. Ensinar é
transmitir o que se sabe a quem quer saber, portanto, é dividir a sabedoria. É
um gesto de generosidade, humanidade e amor. A relação entre professor e aluno
depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação
empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o
nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu
conhecimento e o deles.
Referência:
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/didatica.htm
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS4mglPN9l_yAtfJ5MD8oEoxfpa5cg8q0Wmiy-lDbrnZRgst7rJZg
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